Da Página do MST
Na passagem do dia 25 de julho, Dia do Trabalhador Rural, os agricultores organizados no MST realizam ações de solidariedade em diversos pontos de Alagoas. A data é uma menção àqueles e àquelas que, tradicionalmente, dedicam suas vidas ao cultivo da terra, colhendo os frutos que chegam à mesa de milhões de brasileiros, no campo e na cidade.
Sempre marcada por ações de diálogo e cooperação com o todo da sociedade, o Dia do Trabalhador Rural este ano será celebrado em Alagoas com muita festa. Além de comemorações locais e debates sobre a importância da Reforma Agrária, o MST impulsiona doações de alimentos e doação coletiva de sangue, na Zona da Mata e no Agreste do Estado.
Em União dos Palmares (a 73km de Maceió), um grupo de cerca de cinquenta trabalhadores rurais realiza, a partir das 11h, a doação de mais de duas toneladas de alimentos, oriundos dos assentamentos da região Quilombo dos Palmares, Paulo Freire e Chico Mendes. Os alimentos sem agrotóxicos serão entregues como forma de solidariedade em duas instituições de caridade: na Casa dos Pobres (abrigo de idosos) e no Hospital Regional São Vicente de Paula (sem fins lucrativos).
Na segunda maior cidade do Estado, Arapiraca (a 128km da Capital), a solidariedade se expressa no próprio sangue daqueles que plantam e lutam. Um contingente de 25 trabalhadores rurais realiza uma doação coletiva de sangue na sede local do Hemocentro de Alagoas (Hemoal). Os camponeses também aproveitam para realizar uma panfletagem em diálogo com a população local sobre o Dia 25 de julho.
As ações de caráter solidário no Dia do Trabalhador Rural têm o intuito de trazer à sociedade a importância e o papel que a Reforma Agrária cumpre na distribuição de terras e demais riquezas, bem como no desenvolvimento das famílias beneficiadas diretamente pela divisão do latifúndio. As famílias assentadas são os primeiros beneficiários desta política agrária, mas o resultado da mesma atinge toda população, com garantia de alimentos saudáveis à mesa.
Todo o brilhantismo deste dia, entretanto, tem sido constantemente ameaçado, pelas ações do governo Dilma, que trata a Reforma Agrária, a redivisão das terras do país para usufruto da maioria pobre, como política desnecessária e ultrapassada.
Chegamos, com o atual governo, a níveis de investimentos piores do que os anos mais duros do governo de Fernando Henrique Cardoso, com o constante contingenciamento dos recursos destinados à aquisição de terras e ao desenvolvimento das famílias assistidas pela política agrária.
http://www.mst.org.br/Sem-Terra-realizam-acoes-em-Alagoas-para-comemorar-o-Dia-dos-Trabalhadores-Rurais%20