A Organização Internacional do Trabalho divulga relatório sobre desigualdades de gênero e raça no acesso a trabalho e estudo.
Vivian Fernandes, da Radioagência NP.
A desigualdade de gênero se reproduz de diferentes formas, indica relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Anualmente, no Brasil, as mulheres trabalham dez dias a mais do que os homens, somando o tempo trabalhado dentro e fora de casa. A jornada semanal das mulheres costuma ser de 58 horas, enquanto a dos homens de 52,9 horas. Isso equivale a 20 horas a mais por mês.
O relatório Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um Olhar sobre as Unidades da Federação foi divulgado na quinta-feira (19) pela OIT.
A dupla jornada das mulheres foi comprovada através de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles apontam que 90,7% das mulheres que estão no mercado de trabalho também realizam atividades domésticas. Já os homens representam 49,7% do total.
Outra informação do relatório indica que entre a população jovem do país, mais de 18% não estuda ou não trabalha, cerca de 6,2 milhões de pessoas. Para as mulheres, a taxa é de 23%. Entre as mulheres jovens e negras, o índice é ainda maior, superior a 25%.
A OIT indica que esse “afastamento” das jovens tem ligação com as demandas de “afazeres domésticos e as responsabilidades relacionadas à maternidade”.
Enviada por José Carlos.
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