Polícia Civil marca depoimento das testemunhas que teriam presenciado insultos racistas contra menina de 4 anos em escola de Contagem. Crimes do tipo têm aumento no estado
Pedro Ferreira
A batalha por Justiça da atendente de telemarketing Fátima Adriana Viana da Silva de Souza, de 41 anos, que denunciou racismo contra a filha de 4 anos, começa a ter resultados. Às 9h de segunda-feira, a Polícia Civil interroga testemunhas no inquérito que apura o crime. Uma delas é a professora Denise Cristina Pereira Aragão, de 34, que no dia 10 presenciou uma mulher identificada por Mariinha invadir o Centro de Educação Infantil Emília, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e aos gritos chamar a menina de “negra e preta horrorosa e feia”. A atitude da acusada, avó de um dos alunos, teria sido motivada pela escolha de uma criança negra para dançar quadrilha com o neto. Indignada com a atitude da dona e diretora da escola, que não tomou qualquer providência para defender a aluna e tentou abafar o caso, Denise Cristina pediu demissão. Além dela e da mãe da criança, o delegado Juarez Gomes vai ouvir a diretora, Joana Reis Belvino, e a acusada, que não teve o nome completo divulgado. Uma quinta testemunha será ouvida terça-feira, quando o inquérito será concluído e encaminhado à Justiça. (mais…)