Qual o legado dos grandes eventos esportivos para as cidades anfitriãs? O vídeo a seguir, produzido pela organização Witness e pelo Comitê Popular Rio, apresenta uma herança que está longe de ser a propagandeada por governos e patrocinadores. Nele conhecemos a história de Elisângela, uma das vítimas das remoções arbitrárias promovidas no Rio de Janeiro para dar lugar às obras e preparativos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Segundo o Comitê, estima-se que 30 mil pessoas serão (ou já foram) removidas, conforme a cidade se prepara para receber a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 – outras 140 mil pessoas enfrentam o risco de remoção nas outras 11 outras cidades aonde jogos da Copa do Mundo acontecerão.
Pesquisa recém-divulgada pela Agência Pública de Jornalismo Investigativo afirma que – além dos impactos das remoções – as cidades sede sofrem com a dívida que se cria ao deslocar recursos públicos que iriam para as suas necessidades básicas – como saneamento, transporte público, educação, etc. – para estádios e obras específicas de mobilidade e os cidadãos enfrentam um forte aumento do custo de vida.
Levantamento feito pelo Canal Ibase mostra como a organização da Copa do Mundo de 2014 fere “direitos já consolidados” no Brasil para garantir os lucros da Fifa.