O agricultor Mauricio Largo morreu nesta quinta-feira (19) durante ataques policiais contra as comunidades indígenas de Cauca, na Colômbia. Um indígena já havia sido assassinado no mesmo contexto de agressões.
Em três dias, já são duas vítimas fatais e diversos feridos. Os conflitos ocorrem em meio à luta de líderes indígenas pela desmilitarização de Cauca.
Em continuidade às ações que têm o objetivo de expulsar o Exército colombiano e guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de seus territórios, indígenas bloquearam uma estrada no município de Caloto.A polícia reprimiu o protesto com bombas de gás lacrimogênio e realizou disparos. Foi durante este ataque que o agricultor Maurício faleceu. Outras três pessoas ficaram feridas e foram levadas para um hospital local.
Já a morte do indígena Éver Fabián Guetio, que levou um tiro, ocorreu nesta quarta. Foi durante uma intervenção contra os indígenas que ocupavam uma base militar no município Toribío, também em Cauca. Após o episódio, o presidente colombiano Juan Manuel Santos ordenou o desalojo das unidades, deixando feridos.
Nessa semana, a repressão nessa região colombiana se intensificou após lideranças indígenas terem desmantelado trincheiras do Exército e das Farc na última terça. Agora, as comunidades tradicionais de Cauca pedem ao governo a instalação de uma mesa, proposta a próxima segunda-feira (23), para debater soluções para a situação de conflito.
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