Conflito em Rio dos Macacos leva à morte de morador de 75 anos

A sistemática violação dos direitos humanos por parte da Marinha do Brasil na área quilombola do Rio dos Macacos leva a comunidade ao nível de tensão altissimo, provocando vários tipos de problemas graves e, inclusive, mortes. Como ontem se deu com um senhor de 75 anos. Leia o desabafo de Vilma Reis, escrito depois do enterro do morador:

Sepultamento e Revolta em Rio dos Macacos

Hoje à tarde vivemos o inacreditável, fomos ao enterro de um morador de Rio dos Macacos, no Cemitério de Periperi, que depois de deliberada ação de assédio por parte da Marinha do Brasil, depois de ver muitas árvores que ele plantou morrerem misteriosamente envenenadas, ainda na semana passada ouviu de uma moradora da Vila Naval, construção irregular dentro do Território Quilombola (…): “O senhor e todos os seus vão embora, o senhor será o primeiro”; este homem de 75 anos não aguentou a pressão, passou mal, infartou, foi internado no Hospital do Subúrbio no final de semana e na madrugada de ontem para hoje veio a óbito.

Não podemos ficar em silêncio. Que o Relatório do INCRA tenha força da luta de todos e todas que acreditam na justeza da causa de Rio dos Macacos, que luta numa batalha desigual contra a Marinha de Guerra do Brasil.

O mesmo modus operandi usado para matar dona Maria do Paraguassú e seu Altino, está sendo movido contra Rio dos Macacos, esta foi a causa mortis de seu Antonio. Não ficaremos em silêncio.

Outras pessoas mais velhas da Comunidade Quilombola Rio dos Macacos, após saber da morte de Seu Antônio, passaram mal e estão no hospital ou necessitaram de cuidados especiais. Chega! Veta a Marinha, Dilma, a senhora presidente foi uma vítima direta das forças de armadas deste país.

Não iremos a outro enterro; muitas pessoas passaram mal no enterro.

Presidente, veta a Marinha, Veta Dilma, VETA!!!!

Saudações Quilombolas!!!

Viva deus e as águas!!!

Vilma Reis
CDCN-Bahia

Conflito em rio do Macaco leva a morte de morador de 75 anos

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.