Agência Brasil
Brasília – Servidores públicos da saúde, educação e outras categorias pertencentes ao governo federal estão acampados na Esplanada dos Ministérios. A manifestação, que começou ontem (16) e vai até sexta-feira (20), busca atrair a atenção do governo para as reivindicações do setor.
Antônio Carlos Azevedo, diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Rio de Janeiro (Sintrasef) e servidor da área de saúde, afirma que a categoria tem a menor remuneração do serviço público – R$ 1.900,00 com as gratificações. Segundo Azevedo, os servidores da saúde buscam a equiparação dos salários com as outras categorias.
Outro pedido dos servidores da saúde são medidas de reparação do governo quanto às doenças adquiridas no trabalho. “Nós temos servidores que trabalham a vida toda no combate às endemias e, devido a inseticidas que eram manipulados, 99% de nós estamos doentes”, afirma Azevedo. De acordo com ele, oito trabalhadores do Rio de Janeiro morreram em decorrência da manipulação de inseticidas.
Marcel Matias, coordenador do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica de Natal (Sinasefe Natal), afirma que a greve foi o último recurso encontrado pelo sindicato, que busca melhores condições de trabalho e a reestruturação da carreira de docente e de técnico administrativo.
O sindicalista enfatiza que as duas atividades devem ser tratadas conjuntamente. “O governo chamou apenas os docentes para apresentar proposta. Ele tentou dividir a categoria, não apresentou [nada] para os administrativos. Isso é ruim porque cria uma rivalidade”, afirmou.
A manifestação não tem apenas servidores públicos. No caso dos docentes e técnicos administrativos, alunos de algumas instituições de ensino foram à Esplanada apoiar as reivindicações. É o caso de Thais Mátia, estudante de Minas Gerais. “As pessoas não veem a importância de a gente estar aqui apoiando os professores. É uma causa muito importante”.
De acordo com Maurício Scotelaro, da Diretoria Executiva do Condsef, são esperadas entre duas mil e três mil pessoas na Esplanada dos Ministérios. As ações do dia serão definidas pelos líderes dos sindicatos, à medida que mais servidores chegarem.
Edição: Davi Oliveira
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