Por volta das 21 horas deste sábado, policiais militares começaram a ocupar os arredores do Hospital Central do Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj), no centro da cidade. Segundo a Associação de Funcionários e Amigos do Iaserj, os policiais estão dando apoio a uma operação para esvaziar o hospital. De acordo com as primeiras informações, cerca de 100 profissionais de saúde trabalham na transferência dos pacientes.
No início da madrugada deste domingo, 14 ambulâncias ficaram estacionadas no interior da unidade; elas trabalharam na transferência dos pacientes. Em sessão realizada na sexta-feira (13), o plenário do Conselho Estadual de Saúde manifestou sua contrariedade ante a decisão judicial que permite ao governo do Estado transferir pacientes e desativar o Hospital Central do Iaserj. No local, será erguido um centro de tratamento e pesquisa do câncer.
O Conselho afirmou por nota que não foi ouvido ou sequer consultado a respeito da matéria, o que “retira qualquer legitimidade de decisão por parte do poder executivo”. O Conselho destacou ainda que faz parte da estrutura do Hospital do Iaserj o único centro de referência em doenças contagiosas do Estado do Rio (Hospital São Sebastião), e que o encerramento das atividades do Hospital do Iaserj causará grande impacto na rede pública, que teria de absorver 400 leitos públicos, incluindo leitos especializados de terapia intensiva, cirurgias endoscópicas etc.
A Secretaria Estadual de Saúde afirmou em nota, no último dia 4, que nenhum serviço do Iaserj será fechado ou interrompido. “O Iaserj possui serviços de ambulatório, 12 leitos de UTI e 18 leitos de enfermaria”. Esses serviços seriam transferidos e ampliados no Hospital Estadual Getúlio Vargas e em outros pontos da cidade.
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