Baltasar Garzón fará conferência e será homenageado no Rio Grande do Sul

O juiz espanhol Baltasar Garzón será homenageado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul, dia 17 de julho, em Porto Alegre. A convite do governador gaúcho, Tarso Genro, Garzón fará uma conferência sobre Direitos Humanos, Desenvolvimento e Criminalidade Global. Após a conferência, Garzón receberá a Comenda da Ordem do Ponche Verde, a mais alta condecoração oficial do Rio Grande do Sul.

Redação

Porto Alegre – O juiz espanhol Baltasar Garzón será homenageado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul, dia 17 de julho, em Porto Alegre. A convite do governador gaúcho, Tarso Genro, Garzón fará uma conferência sobre Direitos Humanos, Desenvolvimento e Criminalidade Global. A conferência, também no dia 17, será realizada no auditório do Ministério Público do Estado (Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, 80). A entrada é gratuita e não depende de inscrições.

Após a conferência, Garzón receberá a Comenda da Ordem do Ponche Verde, a mais alta condecoração oficial do Rio Grande do Sul. Ao justificar a homenagem, Tarso Genro disse que Baltasar Garzón é “um humanista de prestígio internacional que se notabilizou por ser um juiz intolerante com a corrupção e que desmantelou, ao logo de sua vida como magistrado, inúmeras quadrilhas que assaltavam os cofres públicos”.

Garzón ficou conhecido mundialmente quando, em 1998, devido ao desaparecimento e morte de espanhóis no Chile durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), solicitou e obteve da Grã-Bretanha a prisão do ex-general, que se encontrava em Londres.

Em fevereiro deste ano, foi proibido pelo Supremo Tribunal da Espanha de exercer sua profissão por ter autorizado, a pedido das autoridades policiais, escutas telefônicas em investigações sobre corrupção envolvendo altas autoridades da administração pública espanhola. No mesmo mês, Garzón foi absolvido pela mesma corte da acusação de violar a Lei da Anistia de 1977 na investigação de crimes cometidos pela ditadura do general Francisco Franco. Segundo o jurista, 114 mil pessoas permanecem desaparecidas desde o período da guerra e da ditadura de Franco.

Atualmente com 56 anos, Garzón ocupa a função de procurador-adjunto do Ministério Público no Tribunal Penal Internacional (TPI), que julga crimes contra a humanidade. Desde 2010, sua função é auxiliar o TPI, por meio de ação penal, na responsabilização de indivíduos por atrocidades como genocídios, crimes de guerra e os crimes de agressão.

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20568. Enviada por José Carlos.

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