Peru: ex-presidente pede fim de estado de emergência em Cajamarca

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo pediu que o atual mandatário do país, Ollanta Humala, levante o estado de emergência em três províncias da região de Cajamaraca, que no início de julho registraram protestos fortemente reprimidos pelas autoridades contra a construção de uma mina de ouro e cobre, informou no domingo o jornal peruano El Comércio.

Em entrevista à Radio Programas, Toledo afirmou que “chegou o momento de se fazer investimentos com responsabilidade social e não privar de água os agricultores”. O ex-mandatário, que presidiu o Peru entre 2001 e 2006, também disse esperar com “grande expectativa” a reunião desta segunda-feira entre representantes da Igreja Católica e autoridades e dirigentes sindicais de Cajamarca que se opõe a construção da mina Conga. O sacerdote Gastón Garatea e o monsenhor Miguel Cabrejos estão na cidade de Cajamarca para tentar solucionar a crise de violência que já deixou cinco mortos na região.

O conflito

Violentos conflitos sociais irromperam no dia 3 de julho no norte do Peru em protesto contra o projeto de mineração Conga, da empresa peruana Yanacocha, que tem como principal acionista a companhia americana Newmont. A repessão aos protestos deixou cinco pessoas mortas. A violência levou o governo a decretar estado de emergência na região de Cajamarca.

Os opositores ao projeto afirmam que ele danificará de forma permanente o meio ambiente e as reservas de água e culpam o governo pela violenta repressão às manifestações. O governo, por sua vez, afirma que a mina deve gerar milhares de empregos e uma enorme receita em impostos na região norte de Cajamarca. O mandatário afirmou que o governo demostrou comprometimento com diálogo e por trabalhar com o povo de Cajamarca com as obras de mais de 5 bilhões de soles (US$ 4,8 bilhões).

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