Líderes indígenas falarão sobre acordo com governo boliviano

La Paz, 4 jul (Prensa Latina) Depois de chegar a um acordo com o governo de Evo Morales, 45 corregedores do Território Indígena e Parque Nacional Isiboro-Sécure (Tipnis) regressam hoje a suas comunidades para falar sobre as particularidades do mesmo.

As autoridades indígenas selaram o pacto ontem à noite com a intenção de impulsionar a realização de uma consulta prévia aos habitantes dessa reserva e agora irão informá-lo às comunidades, informou o presidente da subcentral Sécure, Carlos Fabricano.

Segundo declarações de Fabricano registradas pela Bolívia TV, a partir de agora as bases saberão que se realizará a consulta que decidirá sobre a intangibilidade do Tipnis e a construção de uma estrada através desse parque nacional.

Na noite anterior, 45 dos 63 corregedores do Tipnis, entre eles alguns que participaram da nona marcha indígena, decidiram promover a consulta, que consideram um mecanismo de constitucionalidade dos povos.

Fabricano também rechaçou versões saídas dos dirigentes da marcha, que assinalam que os que assinaram o acordo não são legítimos representantes dos povos do Tipnis.

Ao mesmo tempo, informou que os corregedores que não assinaram o convênio se reunirão nos dias seguintes com o presidente Evo Morales.

A nona marcha, saída de Trinidade no final de abril, chegou a La Paz na quarta-feira da semana passada com a intenção de revogar a Lei 222 de Consulta Prévia aos habitantes do Tipnis.

Até o momento, uma parte dos integrantes da caminhada está acampada nos arredores da Vice-presidência, sem conseguir um diálogo com o Governo, pela distância entre as posições de uns e outros.

Os manifestantes um diálogo incondicional, enquanto o Governo condiciona as conversas à aplicação da Lei de Consulta Prévia.

Enquanto isso, as autoridades insistiram desde o primeiro momento que o diálogo só se efetuaria com a participação dos líderes de todas as comunidades indígenas do Tipnis, o que também foi rechaçado pelos membros da marcha.

Os integrantes da caminhada de protesto, muitos dos quais já regressaram a seus lares com o argumento de que foram enganados, contarão desde hoje com o apoio da Central Operária Boliviana (COB).

Os dirigentes da COB decidiram ontem respaldar as reivindicações do protesto, depois de uma reunião de sua direção.

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