Luana Lourenço*
Enviada Especial
Porto Alegre – O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, disse hoje (25) que a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece em junho, no Rio de Janeiro, poderá até ser representativa e reunir chefes de Estado, mas será apenas um “teatrinho governamental”, sem efeitos sobre o atual modelo de desenvolvimento capitalista.
Stédile participa das atividades do Fórum Social Temático (FST), uma prévia da Cúpula dos Povos, reunião de movimentos sociais que acontecerá paralelamente à Rio+20.
O problema, segundo o líder do MST, é que os fóruns internacionais, como a Organização da Nações Unidas (ONU), não conseguem se impor ao movimento do capital, comandado pelas grandes corporações transnacionais e pelo capital financeiro. Nesse contexto, por mais que os governos nacionais se esforcem em propor novos modelos, as mudanças mais significativas são barradas pelo capital. (mais…)

Estive recentemente na Fundação Pierre Verger, em Salvador, compreendendo que estava no templo de um europeu com alma baiana. Excepcional fotógrafo e etnólogo, o franco-brasileiro autodidata Pierre Verger fotografou em preto-e-branco – e com fecunda sensibilidade – a Bahia, e os corpos que ele retratou são peitos, troncos e bundas enrijecidas pela história e pela vida dura. São homens açoitados pela escravidão numa Bahia que é graça, prazer, leveza, mas também luta.

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