Congresso aprova mais uma hidrelétrica no Rio Madeira


(Canteiro de obras da hidrelétrica de Jirau em março de 2011. Foto: Rogério Cassimiro)

Aline Ribeiro

O Congresso Nacional aprovou, pouco antes do recesso de janeiro, uma emenda de bancada que prevê a construção de mais uma usina no Rio Madeira, em Rondônia. A responsável por apresentar a proposta foi a deputada Marinha Raupp (PMDB-RO), coordenadora da bancada de Rondônia no Congresso. Segundo a emenda, a nova hidrelétrica custará R$ 10 bilhões. A obra faz parte do Plano Plurianual (PPA) para os anos de 2012 a 2015.

A aprovação do PPA 2012-2015 ocorreu em 20 de dezembro em tempo recorde, cerca de meia hora. Não houve qualquer discussão sobre as obras bilionárias que passaram a constar do planejamento do governo federal, como a nova usina e uma ferrovia transcontinental orçada em R$ 9 bilhões. O Congresso ignorou ainda os impactos orçamentários e socioambientais das propostas.

Procurada por ÉPOCA, a deputada Marinha Raupp não comentou a emenda. Ermésio Serrano Filho, seu chefe de gabinete, afirmou que os estudos para a construção da hidrelétrica já estão sendo executados pelo Ministério de Minas e Energia. “A hidrelétrica será uma extensão do potencial energético de Santo Antonio e Jirau [duas usinas em construção em Rondônia], que têm uma limitação”, diz Filho. “Vai ser binacional, na fronteira entre Guajará-Mirim [um município no limite do Estado] e a Bolívia. Ainda não sabemos qual será sua capacidade”. O plano prevê ainda a construção de duas eclusas e uma hidrovia. (mais…)

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Fifa pressiona governo e diz que Brasil “pede demais”

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, defendeu nesta segunda-feira que o governo brasileiro seja responsabilizado em casos de prejuízos causados à entidade por conta de desastres naturais na Copa 2014.

Esse é um dos principais impasses entre governo e Fifa na elaboração da Lei Geral da Copa, que deve ser colocado em votação na Câmara em fevereiro. O governo, com o apoio da oposição, defende que a União pague os danos causados à entidade apenas em casos de “ação ou omissão”, enquanto a Fifa insiste em colocar tragédias da natureza.

“Desastre natural e segurança no país não podem ser responsabilidade da Fifa, tem que ser do governo. Não podemos ser responsáveis por eventos deste tipo”, disse Jérôme Valcke em coletiva no Ministério do Esporte. (mais…)

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Haitianas dan su cuerpo por agua

PELIGRO. El campamento Plaza Champ de Mars, donde sobreviven 20 mil personas en carpas maltrechas, frente al Palacio Nacional de Puerto Príncipe, se ha convertido en el prostíbulo infantil más grande del país (Foto: Alberto Torres)

Las violaciones de niñas de hasta 2 años y la prostitución a cambio de techo y comida se han disparado tras el desastre

Laura Castellanos / Enviada | El Universal

PUERTO PRÍNCIPE.— Es mediodía en el campamento más peligroso de Haití, el de la Plaza Champ de Mars, donde sobreviven 20 mil personas en carpas maltrechas instaladas en las plazoletas que rodean las ruinas del Palacio Nacional de Puerto Príncipe. Este es el prostíbulo infantil más grande del país, aún sumergido en la destrucción y en un proceso de descomposición social.

A unos metros del inmueble presidencial desplomado durante el terremoto del 12 de enero de 2010, está la tienda mugrienta donde una huérfana de 14 años se prostituye por alimento. Su cuerpo está en desarrollo: es menuda, regordeta, y sus pechos se marcan apenas bajo la blusa color naranja. La acompaña otra muchacha prostituta de 16 años. Su cuerpo luce los estragos de un embarazo reciente y no cuidado, producto de una violación: el cuerpo delgado, la piel opaca, el rostro manchado, los senos con estrías. EL UNIVERSAL logró hablar con las menores gracias a la intermediación de Jud Delva alias Duck, uno de los 22 jefes que controlan el territorio del campamento de Champ de Mars. (mais…)

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Crímenes de Mayo en Sao Paulo

Las madres de los caídos en mayo de 2006, durante ataques de exterminio coordinados por la policía paulista, hablan sobre el racismo oculto tras los asesinatos y sobre la impunidad que a seis años de la masacre impera en torno a este caso.

MADRES DE MAYO DE LA DEMOCRACIA BRASILEÑA (TRADUCCIÓN: WALDO LAO)

“Hay un dicho que dice: vale millones de veces más la vida de un sólo hijo que todas las propiedades del hombre más rico de la tierra. Con toda propiedad yo digo: sí fue la mayor de todas nuestras riquezas…”

Flávia Gonzaga, Madre de Abril (2010)

Mapa de la violencia en Brasil

Campeón mundial de homicidios

Sao Paulo, Brasil. Actualmente, no es solamente de juegos olímpicos, copas del mundo e índices económico – financieros de lo que se compone nuestro cuadro de medallas en Brasil. En el momento en que fuimos invitadas a escribir este texto [1], nuestro país se consagraba (una vez más) oficialmente como campeón mundial de homicidios. (mais…)

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SOPA – Projeto de lei sobre pirataria vai ser alterado nos EUA

O projeto de lei norte-americano cujo objetivo é combater a pirataria online e parecia destinado a aprovação rápida no Congresso dos Estados Unidos agora talvez seja diluído ou abandonado, depois de ser criticado no final de semana pela Casa Branca, disseram fontes informadas sobre o assunto.

O projeto de lei, conhecido como SOPA na Câmara dos Deputados e PIPA no Senado, era grande prioridade para as companhias de entretenimento, editoras, empresas farmacêuticas e muitas organizações setoriais, que o consideram como crítico para reprimir a pirataria online.

O objetivo da legislação é bloquear o acesso a sites internacionais que comercializam conteúdo roubado ou produtos falsificados. As companhias de Internet se opõem ferozmente à ideia e reforçaram seus esforços de lobby nos últimos meses, argumentando que o projeto de lei solaparia a inovação e a liberdade de expressão, e comprometeria o funcionamento da Internet. (mais…)

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LLX enfrenta resistência no RJ

A desapropriação de um terreno de cerca de 45 m² para a construção do Complexo do Porto do Açu não impediu que cerca de 150 pessoas continuem a ocupar a área, no município de São João da Barra, na região Norte Fluminense do estado do Rio de Janeiro. Os manifestantes, que chegaram ao local há uma semana, protestam contra a criação do distrito industrial onde será erguido o porto da LLX e consideram insuficientes os valores pagos pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) pela desapropriação. A LLX, que comprou o terreno da Codin, afirmou que recorreu à Justiça assim que registrou à invasão e aguarda o despejo. Ela obteve liminar de reintegração de posse na sexta-feira.

Gabriel Toledo, um dos lavradores acampados no terreno e com uma área de sete alqueires na região, explicou que durante o dia apenas 20 pessoas permanecem no terreno e à noite o número chega a 150. A Codin e a LLX registraram a presença de até 20 pessoas no local. “Estamos aqui fazendo revezamento de pessoas para ocupar o terreno e evitar que construam alguma coisa”, disse Toledo, de 40 anos. Segundo o agricultor, a área que será ocupada pela LLX abriga trabalhadores que vivem da agricultura familiar. “Por que não procuram uma outra área que não tenha produção?”, questionou.

Cinco órgãos estão apoiando as manifestações: Comissão Pastoral da Terra, Associação dos Produtores Rurais e Imóveis do Município de São João da Barra, Comitê Popular de Erradicação do Trabalho Escravo, Movimento dos Pequenos Produtores e Universidade Federal Fluminense de Campos. (mais…)

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Megaprojetos de Porto Alegre serão tema de debate no FST 2012

A Copa, os megaprojetos e os direitos dos explorados e oprimidos: a situação indígena, negra, quilombola e popular no Brasil e em Porto Alegre serão tema de uma atividade autogestionária dia 28, a partir das 14 horas, no Quilombo da Família Silva. A escolha do local foi baseada no fato de ele carregar “forte simbologia da resistência contra o Racismo e todas as formas de exploração e opressão”.

A atividade está sendo organizada pelo Comitê Popular da Copa Porto Alegre-Centro, juntamente com a Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas; os Quilombos da Família Silva e da Família Fidelix (ambos do RS) e o da Pedra do Sal (RJ); CIMI (Conselho Indigenista Missionário/POA-RS); Odomode; GT Quilombola do MNU/RS; Ocupação 20 de Novembro do MNLM/POA-RS; LBL (Liga Brasileira de Lébiscas-RS); AGB (Associação Geografos Brasileiros-RS); Coletivo Catarse; e Sintect/RS- (Secretaria de Combate ao Racismo do Sindicato dos Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul).

Segundo o informe, “o objetivo é aprofundar a articulação de resistência Quilombola, Negra, Indígena e Popular a partir de experiências comuns durante os últimos anos, frente ao aprofundamento dos ataques que se avizinham”. (mais…)

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Comitê popular dos megaeventos do Rio retoma suas atividades

Sebastián Soto Coll, do Coletivo Tatuzaroio

O Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas retomou no último dia 10 desse mês suas atividades no estado do Rio de Janeiro. A plenária ocorreu nas dependências do Sindicato dos Profissionais da Educação (SEPE) e serviu para recomeçar os trabalhos e para planejar as ações para 2012. Orlando Santos Júnior, membro do Comitê Popular e representante do Observatório das Metrópoles, explicou para o Coletivo Tatuzaroio o caráter das reuniões do comitê e nos falou sobre o planejamento e os trabalhos que serão realizados neste ano. Veja a fala do professor.

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Belo Monte inicia primeiro barramento do Xingu

As primeiras intervenções no Rio Xingu, relacionadas à construção de Belo Monte, já estão em andamento. No trecho que margeia o Sítio Pimental, onde ocorrerá o barramento do rio, está sendo feita a primeira ensecadeira

Por Ruy Sposati, Xingu Vivo

As primeiras intervenções de maior porte no Rio Xingu, relacionadas à construção de Belo Monte, já estão em andamento. No trecho que margeia o Sítio Pimental, onde ocorrerá o barramento do rio, os construtores da usina estão fazendo a primeira ensecadeira – pequena barragem provisória para desviar parte do curso da água e permitir que se trabalhe em seco na construção do “paredão” da barragem definitiva -, como constatou a equipe do Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) neste domingo, 15.

Segundo um técnico ambiental que estava no local, esta é a primeira de três ensecadeiras para a construção da grande barragem de Belo Monte. Outra menor está prevista próxima à casa de força do Sítio Belo Monte, na altura do km 50 da Rodovia Transamazônica.

“A obra começou logo depois do ano novo”, contou um barqueiro que trafega pela área. Contudo, segundo ele, a primeira tentativa de erguer a barreira provisória, feita apenas com terra, foi levada pela correnteza. “Agora, eles também estão usando cascalho, pra ver se segura”, comentou. Também a ilha em frente à obra, onde passará o barramento, já está sendo desmatada. A autorização para supressão de vegetação foi dada pelo Ibama e prevê a derrubada de 5 mil hectares de floresta. (mais…)

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Para os maias o mundo não acabará, mas seus recursos sim

A chegada do fim de um período no calendário maia não prevê nenhuma catástrofe global e muito menos o fim do mundo, cujos recursos naturais – estes sim – são depredados pelo ser humano, alertam sábios e ativistas maias ouvidos na Guatemala.

Maias participam de uma cerimônia. Foto: Cortesia da Renoj

Por Danilo Valladares, da IPS

Cidade da Guatemala, Guatemala, 16/1/2012 – Segundo o calendário maia, o chamado 13 Baktún chegará ao seu final no dia 21 de dezembro, o que despertou a histeria entre aqueles que acreditam que isto simboliza a chegada de grandes catástrofes e o fim do mundo, o que é absolutamente diferente do pensamento indígena.

“Há líderes que se deixam levar pelo que se ouve, ou porque o número 13 possui uma energia muito forte, e se preocupam com a possibilidade de ocorrer alguma catástrofe, mas não tem nada disso”, disse à IPS o ativista Antonio Mendoza, da ONG Oxlajuj Ajpop, que em idioma maia quiché se refere às 13 energias do calendário maia. Pelo contrário, explicou, “esta nova etapa tem uma enorme importância para se refletir e analisar a respeito da convivência humana e da natureza”.

Segundo historiadores, o 13 Baktún começou no dia 11 de agosto de 3.114 antes de Cristo e após uma chamada conta larga de 144 mil dias concluirá em 21 de dezembro deste ano. Então a conta será zerada e terá início um novo ciclo de outros 144 mil dias. “O que nos preocupa muito é como unificar esforços para reorientar nosso comportamento diante da natureza, do aquecimento global e das políticas neoliberais que só extraem petróleo, minerais e instalam grandes fábricas, o que coloca em grave risco a humanidade”, explicou Mendoza. (mais…)

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