Leonardo Sakamoto
Sugiro uma campanha: não vote em partido que, sob sua administração, morreu gente em deslizamento, soterramento, inundação. Desgraça é desgraça, descaso é descaso. Desgraças acontecem, mas parte delas poderia ser prevenida, planejada, antecipada, informada, pois não são novidade. Nesses casos, o que é tragédia vira descaso e pode, inclusive, ser alvo de responsabilização judicial. Ou, ao menos, eleitoral.
Ou melhor: não vote em partido de político que deu declaração idiota a respeito de desastres sob sua responsabilidade. “Precisamos de mais um mandato para fazer as obras necessárias”, “não podemos controlar a vontade divina”, “choveu mais do que o esperado de novo”. Tem gente que reclama que administradores públicos não deveriam tirar férias em momentos de chuvas como agora, enxergam como desrespeito. Eu penso diferente. Se é para ficar falando besteira, não precisa ficar, pode ir passar o mês em algum lugar bem longe, tipo Paris. As pessoas que perderam tudo não precisam ficar sendo torturadas com essas idiotices.
O grande problema é que a memória do eleitor, que afoga a popularidade de políticos durante as chuvas, é dry fit. Seca rapidinho. (mais…)
O número de juízes investigados pelos tribunais do país aumentou em mais de 1 mil em pouco mais de um mês. Eram 693 investigações, em 14 de novembro de 2011, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) passou a fazer um levantamento de todos os processos disciplinares e sindicâncias contra magistrados. Hoje, há 1.710 juízes sob suspeita, segundo informações que são transmitidas pelos próprios tribunais ao CNJ. A reportagem é de Juliano Basile e publicada pelo jornal Valor, 03-01-2012.
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