Cristina Moura
Na última terça-feira, o órgão municipal notificou a empresa, responsável pelo envasamento, armazenamento e comercialização em primeira escala do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) ou gás de cozinha. Segundo informações dos moradores, a secretaria determinou que a empresa contratasse um serviço especializado para monitorar do ar na região, no sentido de averiguar se há algum tipo de vazamento. A análise terá que ser realizada durante 30 dias ininterruptos, num raio de 300 metros, com observações sobre a direção do vento.
A Ultragaz terá até o final de janeiro para apresentar um relatório. O caso já foi encaminhado para o Corpo de Bombeiros de Aracruz e para a Agência Nacional do Petróleo. Se não houver cumprimento à notificação, a empresa poderá ser fechada.
A Associação Comunitária de Barra do Riacho (ACBR) recebe várias reclamações sobre o assunto, praticamente toda semana. O problema também gerou um novo documento ao Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), reforçando o pedido de mapeamento de risco, com o objetivo de saber, principalmente, qual a rota de fuga, em caso de acidentes.
Um abaixo-assinado encaminhado à Semam também foi outro fator que ocasionou a mobilização da comunidade. Os moradores querem informações da Secretaria sobre licenciamentos concedidos a empresas que lidam com produtos químicos e estão instaladas em Aracruz. Segundo o presidente da ACBR, Paulo Flávio Machado, a comunidade não está satisfeita com o tratamento recebido dessas empresas.
Diálogo
A Ultragaz havia informado a Século Diário que, em todas as áreas nas quais atua, tem forte interação com as comunidades do entorno. Garantiu, ainda, que tem um compromisso e um programa estruturado de sustentabilidade e de atuação responsável tanto no plano social quanto no ambiental. A empresa também se prontificou a dialogar com os moradores para resolver qualquer desconforto.
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