Denuncia aconteceu durante a XXXII Assembleia Regional da entidade, realizada entre 18 e 20 de maio
O Regional Maranhão do Conselho Indígena Missionário (Cimi), reunido por ocasião de sua XXXII Assembleia Regional, emite nota pública onde manifesta sua preocupação com o momento que atravessam os povos indígenas do estado. O encontro aconteceu entre os dias 18 e 20 de maio, e reuniu representantes do Cimi, movimentos sociais e povos indígenas do Maranhão, entre eles Guajajara, Ka’apor e Gavião/Pukobyê.
Uma grave constatação foi realizada durante o encontro: a de que no Maranhão se vive a realidade política de ‘dois estados’: “o oficial, propagandeado na mídia pelo governo ‘De volta ao trabalho’, que está ao seu serviço, e o Maranhão, não oficial, dos povos indígenas, dos quilombolas, dos lavradores e trabalhadores rurais, dos ribeirinhos, pescadores que produzem e vivem da terra”.
Para os presentes, o governo federal, em busca do desenvolvimento a qualquer custo, tem sido ausente nas suas obrigações para com os cidadãos e cidadãs indígenas brasileiros, maranhenses. “Verificamos a existência de um verdadeiro conluio entre os poderes legislativo, executivo e judiciário e as forças econômicas para impedir que os povos indígenas, quilombolas e camponeses permaneçam na posse de seus territórios, usando contra estes estratégias de criminalização e violência”. (mais…)