União – Campo, Cidade e Floresta
Dia Internacional da Água – MS tem uma divida com a humanidade
O Dia Internacional da Água foi criado há 19 anos, pela ONU, para discutir as questões climáticas e a preservação ambiental e alertar a população do planeta em relação a poluição das águas.
No Mato Grosso do Sul, em especial na região do cone sul e Grande Dourados as violações das leis ambientais estão em todas fazendas; onde há pasto, onde há a monocultura da soja, do milho e da cana há a poluição das águas subterrâneas e na superfície.
Um exemplo da ação degradante das fazendas está na região de Caarapó e Juti, onde a plantio da cana, da soja e do milho não respeitam a legislação ambental, que determina uma distancia de 100 metros dos rios e nascentes, área que deve estar coberta pela mata ciliar nativa, mas ao contrário disto, vemos em alguns pontos a lavoura chegar a menos de 10 metros, até 5 metros e sem a mata entre o leito dos rios e a faixa limite das lavouras.
Como não bastasse as violações em relação a distancia do leito fluvial, há ainda um outro agravante, centenas e até milhares de litros de agrotóxicos são lançados diariamente nas lavouras para conter as pragas, que a cada ano estão mais resistentes aos venenos, venenos que vão parar nas aguas: subterrâneas pela infiltração no solo e as águas dos rios, dos lagos e das nascentes levados pelo vento e pela escoação das águas das chuvas.
Apesar das denúncias dos movimentos sociais, principalmente dos povos indígenas, que são diretamente afetados, o governo do estado e o IBAMA nada fazem para conter a poluição das aguas no Mato Grosso do Sul.
Recentemente foi publicada uma pesquisa que revela um dado alarmante: foi constatado que o leite produzido pelas mães da região estão contaminados pelos venenos (agrotóxicos e herbicidas) jogados nas lavouras, ou seja, a poluição das águas está contaminando o organismo humano.
Dia Internacional da Água – MS tem uma divida com a humanidade