As Nações Unidas fizeram ontem um apelo ao trabalho conjunto da comunidade internacional contra o racismo quando e onde quer que seja praticado, por ocasião do Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial, que se assinala hoje em todo o mundo.
O apelo foi feito pelo Secretário-Geral da organização mundial, Ban Ki-moon, numa mensagem na qual recorda a proclamação do ano 2011 como o Ano Internacional dos Povos Afro-descendentes.
A efeméride de hoje foi instituída em homenagem às vítimas do massacre de Sharpeville, ocorrido em 21 de Março de 1960, quando o agora desaparecido regime do apartheid da África do Sul assassinou 69 manifestantes que protestavam contra a discriminação racial.
O responsável máximo das Nações Unidas qualificou de perniciosa a segregação sofrida pelos povos com ascendência africana, os quais muitas vezes estão mergulhados na pobreza devido à intolerância. Ban Ki-moon criticou os preconceitos e erros com uma história longa e terrível que inclui o comércio transatlântico de escravos, “cujas consequências ainda são sentidas no presente”.
Diante dessa situação, o Secretário-Geral da ONU ressaltou a declaração adoptada pela Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância, feita em Durban, África do Sul, em 2001.
O documento apela à comunidade internacional a honrar a memória das vítimas da escravatura “como forma de reconciliação e cicatrização das feridas” daquela tragédia e pede o restabelecimento da dignidade das vítimas.
A mensagem de Ban Ki-moon também insta a aprofundar o reconhecimento da vasta contribuição feita pelos povos de origem africana ao desenvolvimento político, económico, social e cultural de todas as sociedades.
Fonte: http://jornaldeangola.sapo.ao
http://africas.com.br/site/index.php/archives/9944