Estiagem prejudica assentamentos em Santana do Livramento

Dezessete assentamentos da Reforma Agrária, além de comunidades de quilombolas e de pequenos agricultores, continuam sem água potável em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste gaúcha, em decorrência da estiagem. Pelo menos 1500 famílias são atingidas com a falta de chuva na cidade. Em alguns assentamentos, as famílias estão com problemas de abastecimento desde dezembro de 2010.

Não há água potável nem mesmo para beber. O gado e as plantações também sofrem os efeitos da falta de chuva. Segundo levantamento dos assentados, a quebra no leite já chega a 50% e, para quem planta milho e soja, a perda é total. De um pequeno agricultior foi reguistrada a morte de sete vacas.

Os assentados exigem que governos federal e estadual e prefeitura resolvam o problema de falta de água. Para isso,cobram uma audiência urgente com o governo estadual, a prefeitura municipal e o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para tratar da grave situação. Em fevereiro, famílias assentadas ocuparam a prefeitura de Santana do Livramento para exigir o fornecimento de água. Naquele momento, eram 8 assentamentos que sofriam com a falta de água para os animais, plantios e consumo humano.

Na ocasião, os assentados criaram uma Comissão da Seca, junto com a prefeitura e a Defesa Civil, para resolver a falta de fornecimento de água e minimizar os efeitos da estiagem. De lá para cá, os governos municipal, estadual e federal apenas entregaram cestas básicas e caixas d’água que já estão vazias devido à falta de reposição de água. Para minimizar a falta de água, os assentados reivindicam dos governos a perfuração de poços e a construção de micro-açudes e a instalação da rede de água.

http://www.mst.org.br/node/11416

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