Construção da usina de Belo Monte ameaça indígenas isolados

A presença de indígenas em isolamento voluntário na região dos rios Xingu e Bacajá tem sido descrita desde a década de 1970[1]. Há estudos e testemunhos que comprovam sua presença nas cabeceiras do Igarapé Ipiaçava e de um grupo isolado (ou grupos isolados) na Terra Indígena (TI) Koatinemo.  Belo Monte foi planejada para ser construída próxima às áreas de perambulação desses grupos de isolados.

Telma Monteiro

Uma representação sobre irregularidades no processo de licenciamento de Belo Monte foi entregue ao MPF do Pará no final de 2010. A construção foi aprovada pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI). Todas as instituições envolvidas no processo de Belo Monte poderão ser responsabilizadas pela extinção de povos indígenas em isolamento voluntário e pela destruição de terras indígenas.

Ameaças sérias colocam em risco a sobrevivência de indígenas em isolamento voluntário na Amazônia e chamam a atenção pelo descaso com que têm sido tratadas pelo governo brasileiro, pelas instituições financeiras e pelas empresas – públicas e privadas.  Em três dos maiores projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) – nas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira e, agora, no projeto do Complexo Hidrelétrico Belo Monte, no rio Xingu[2] – esse descaso está ocorrendo. (mais…)

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Trabalho escravo no Brasil: uma herança maldita do capitalismo. Entrevista especial com Frei Xavier Plassat

“O trabalho escravo contemporâneo no Brasil tem sido principalmente detectado e combatido em atividades rurais”. Assim Xavier Plassat descreve a situação de um dos grandes problemas do país: o trabalho escravo. Na entrevista a seguir, realizada por email, ele fala da saída da empresa Cosan da lista suja, um cadastro público produzido pelo Ministério do Trabalho de empresas acusadas de submeter trabalhadores a situações análogas à escravidão. “No caso da Cosan, o que acontece é que o advogado do governo está renunciando a defender seu cliente, acordando por escrito com a Cosan que a União deixará de apelar contra a última decisão da justiça em favor da desta e não buscará, portanto, reincluir seu nome na lista suja”, explicou.

A Cosan é uma das maiores produtoras e exportadoras de açúcar e etanol do mundo, e a maior produtora de energia elétrica a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Em fevereiro deste ano, a empresa se uniu a Shell e, juntas, criaram a Raízen que será a marca corporativa dos negócios e a aposta para o crescimento das vendas internacionais de etanol. No entanto, a Cosan havia sido incluída no cadastro de empregadores flagrados com mão-de-obra escrava em dezembro de 2009 por conta da libertação de 42 pessoas em sua usina em Igarapava-SP.
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Capitalismo: risco de ecocídio e de biocídio, artigo de Leonardo Boff

O capitalismo é um modo de produção social e uma cultura. Como modo de produção destruiu o sentido originário de economia que desde os clássicos gregos até o século XVIII significava a técnica e a arte de satisfazer as necessidades da oikos, Quer dizer, a economia tinha por objetivo atender satisfatoriamente as carências da casa, que tanto podia ser a moradia mesma, a cidade, o país quanto a casa comum, a Terra. Com sua implantação progressiva a partir do século XVII do sistema do capital – a expressão capitalismo não era usada por Marx, mas foi introduzida por Werner Sombart 1902 – muda-se a natureza da economia. A partir de agora ela representa uma refinada e brutal técnica de criação de riqueza por si mesma, desvinculada do oikos, da referência à casa. Antes pelo contrário, destruindo a casa em todas as suas modalidades. E a riqueza que se quer acumular é menos para ser desfrutada do que para gerar mais riqueza numa lógica desenfreada e, no termo, absurda.

A lógica do capital é essa: produzir acumulação mediante a exploração. Primeiro, exploração da força de trabalho das pessoas, em seguida a dominação das classes, depois a submissão dos povos e, por fim, a pilhagem da natureza. Funciona aqui uma única lógica linear e férrea que a tudo envolve e que hoje ganhou uma dimensão planetária.

Uma análise mesmo superficial entre ecologia e capitalismo identifica uma contradição básica. Onde impera a prática capitalista se envia ao exílio ou ao limbo a preocupação ecológica. Ecologia e capitalismo se negam frontalmente. Não há acordo possível. Se, apesar disso, a lógica do capital assume o discurso ecológico ou é para fazer ganhos com ele, ou para espiritualizá-lo e assim esvaziá-lo ou simplesmente para impossibilitá-lo e, portanto, destruí-lo. O capitalismo não apenas quer dominar a natureza. Quer mais, visa arrancar tudo dela. Portanto se propõe depredá-la. (mais…)

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Fundaciones Avina y Ashoka: ¿verdes por fuera y negras por dentro?

Los pobres son el negocio de los negocios

Un superlíder de Ashoka: Hernando de Soto: Al igual que en Avina, que cuenta entre sus filas como socio-líder a Gustavo Grobocopatel, llamado en Argentina “el rey de la soja transgénica”, Ashoka cuenta en las suyas con Hernando de Soto, famoso economista neoliberal, desde 2007. Hernando de Soto ha sido asesor de Fujimori, ha representado al Perú en las negociaciones del Tratado Libre Comercio (TCL) con EEUU y ha intervenido en los acontecimientos de Bagua (Perú), en la línea del presidente Alan García, recomendando la privatización de los bienes comunes de los indígenas. La estrategia es la INTRUSIÓN DEL GRAN CAPITAL FILANTRÓPICO EN LOS MOVIMIENTOS SOCIALES, bajo la premisa de “hacer negocio con los pobres; “los pobres son el negocio de los negocios”.

Ashoka por sí misma. La intrusión del gran capital filantrópico en los movimientos sociales

Por Paco Puche

Paco Puche analiza en profundidad en este artículo a la Fundación Ashoka, para consolidar su tesis de que, al igual que sucede con una institución homóloga, Avina, es una organización que bajo una apariencia benéfica está al servicio de las grandes empresas capitalistas y está especializada en recopilar información sobre reformadores sociales “con vistas a hacer, a la vez, más negocios y de camino eliminar las resistencias. Están intentando la cuadratura del círculo: ser, simultáneamente, saqueadoras y benefactores de sus damnificados”. (mais…)

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Pesca insustentável, poluição e mudanças climáticas: Estudo alerta para risco de extinção de 75% dos corais

corais

A combinação entre pesca insustentável, poluição e mudanças climáticas pode levar à extinção 75% dos corais do planeta. O alerta é de um novo estudo, que aponta o risco de destruição de mais de 90% dos recifes até 2030 se nada for feito para conservar essas áreas.

Segundo o relatório Reefs at Risk Revisited, elaborado por instituições ambientalistas internacionais e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), as áreas mais vulneráveis estão no Sudeste da Ásia, em países como a Indonésia, as Filipinas e a Tanzânia. O Haiti e Granada, no Caribe, também estão entre os dez países com maiores riscos de extinção de corais.

“Com a combinação de ameaças locais, aquecimento e acidificação, os recifes estão cada vez mais suscetíveis a danos causados por tempestades, infestações e doenças. A degradação se reflete na redução de corais vivos e da diversidade de espécies, o aumento de algas e menor abundância de peixes”, lista o documento.

O Brasil também aparece entre as regiões ameaçadas, principalmente a costa dos corais, que abrange o litoral de Alagoas e Pernambuco, e a região de Abrolhos, na Bahia. “Abrolhos tem alguns dos maiores e mais ricos recifes de corais do Atlântico Sul, mas nos últimos 20 anos, o litoral da região tem experimentado aumento do turismo, a urbanização e a agricultura em grande escala, levando a descarga de resíduos sem tratamento e contaminação de recifes da região”.
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Comunidade Dandara e o Direito ao Meio Ambiente, artigo de Marco Antonio Borges Netto

Em Belo Horizonte há um punhado de ocupações. Lendo os jornais, detive com a notícia de que irão leiloar uma das torres de Santa Tereza1, um tempo atrás fiquei sabendo que os ocupantes do Dandara2 seriam despejados no Natal e recentemente que a Prefeitura de Belo Horizonte considera que a ocupação está ambientalmente errada.

Sobre as ocupações em si, considero legais, o Estatuto da Cidade diz:

“Art. 5º – Lei municipal específica para área incluída no Plano Diretor poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação da referida obrigação. (mais…)

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“Ser anticapitalista es hoy un imperativo moral” – Esther Vivas na AttacTV

Esther Vivas, activista en diferentes movimientos sociales y militante de Izquierda Anticapitalista, explica en esta entrevista para AttacTV hacia dónde y de qué manera han evolucionado los movimientos antiglobalización y qué significa hoy en día ser anticapitalista cuando se pertenece a una sociedad de consumo.

También nos ofrece su punto de vista en torno a la “criminalización” que padecen los movimientos antisistema y cómo, para luchar contra la crisis económica que sufrimos, resulta necesario tener una perspectiva ecológica y de género.

http://elpolvorin.over-blog.es/article-ser-anticapitalista-es-hoy-un-imperativo-moral-69554121.html

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Ministra da Igualdade Racial visita o Museu do Negro

Ministra da Igualdade Racial visita o Museu do Negro e afirma parceria com o Estado.

“É uma iniciativa louvável do município e prioneira no Brasil”, disse a ministra sobre o Museu do Negro, afirmando interesse em manter parceria para o desenvolvimento de projetos socias do espaço.

“É uma iniciativa louvável do município e pioneiro no Brasil”. Com essas palavras a Ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, iniciou a visita as obras do Museu do Negro, na manhã desta quinta-feira (17), no Centro de Vitória. Além do prefeito de Vitória João Cóser (PT) e secretários do município, autoridades do cenário político participaram do evento.

A ministra ressaltou a importância da inclusão social através dos trabalhos que serão oferecidos no museu depois de concluído as obras. “Vai ser ser um espaço de interação entre negros e brancos e que abrirá as portas para o conhecimento e a preservação da cultura”, destacou a ministra.
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Una advertencia al mundo

Amy Goodman columna semanal

Por Amy Goodman*

Al describir la devastación en una ciudad de Japón, un periodista escribió: “Parece como si una aplanadora gigante hubiera pasado por encima y arrasado con todo lo que allí existía. Escribo estos hechos…como una advertencia al mundo”. El periodista era Wilfred Burchett, que escribía desde Hiroshima, Japón el 5 de septiembre de 1945. Burchett fue el primer periodista de Occidente en llegar a Hiroshima luego de que allí se lanzara la bomba atómica. Informó acerca de una extraña enfermedad que seguía matando a la gente, incluso un mes después de ese primer y letal uso de armas nucleares contra seres humanos. Sus palabras podrían perfectamente estar describiendo las escenas de aniquilación que acaban de tener lugar en el noreste de Japón. Debido al empeoramiento de la catástrofe en la central nuclear de Fukushima, su grave advertencia al mundo sigue estando hoy más que vigente. (mais…)

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