Funai e Ministério Público apóiam privatização de terra indígena em Santa Catarina

O juiz Frederico Valdez Pereira, da Vara Federal deste município, concedeu liminar de reintegração de posse à empresa Renar Maçãs S.A. em ação movida contra a comunidade indígena Kaingang. Os indígenas reivindicam a demarcação de suas terras ancestrais, atualmente tituladas em nome desta empresa, no município de Fraiburgo. A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 08-03-2011.

As famílias Kaingang, cerca de 60 pessoas, terão que desocupar as terras, mesmo sendo originárias, com identificação de cinco sítios arqueológicos, sendo quatro casas subterrâneas e um cemitério tradicional.

Tanto a Fundação Nacional do Índio (Funai), pela coordenação regional em Chapecó, e o Ministério Público Federal, através da atuação do Procurador da República em Santa Catarina*, ao invés de contestarem a ação, aderiram à argumentação baseada na posse civil desenvolvida pelos advogados da Renar, apoiando o despejo dos Kaingang de seu território originário.

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Discriminação de gênero tira mulheres de áreas exatas e preocupa governo

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Uma fila de meninos e outra de meninas. A forma de organização que realça a diferença de gênero está na memória escolar da maior parte dos brasileiros e ainda é uma prática comum nas escolas. O que é visto com muita naturalidade por todos os agentes do ambiente escolar e pela própria sociedade pode esconder práticas que acabam também incentivando a discriminação de gênero, que, na maior parte das vezes, faz como vítima o lado feminino.

“As meninas são sempre elogiadas por ficarem quietinhas, mais comportadas. É comum ouvir colegas de trabalho dizendo que esse é o comportamento de uma moça. Quando a situação é inversa, ou seja, uma menina mais agitada, fatalmente ouviremos a seguinte repreensão: ‘não é assim que uma moça bonita se comporta”, diz a professora de Educação Física, Debora Ferreira, que atua na rede pública do Distrito Federal.

Embora o relato apresente uma cena cotidiana, comum em todo país, o incentivo dessa prática nas escolas brasileiras vem chamando a atenção do governo. Preocupado com o baixo índice de mulheres em profissões que requerem mais ousadia e inovação, o governo colocou como meta, qualificar, até 2014, meio milhão de professores nas questões de gênero e diversidade. (mais…)

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