Por Viviane Prestes
Um projeto entre o Instituto Kabu, associação civil sem fins econômicos criada por indígenas Kayapós, e a Imagem, empresa especializada em Sistemas de Informações Geográficas (GIS, na sigla em inglês), está usando a geotecnologia para auxiliar na preservação florestal da aldeia daquela etnia, localizada no Pará.
Para o projeto, estão sendo utilizadas imagens aéreas e softwares na criação e edição de mapas digitais. Através dessas ferramentas, o Kabu monitora a área total da reserva (cerca de 8,5 hectares), reduzindo invasões e práticas ilegais de caça, garimpo e extração de madeira.
Alguns outros recursos captados através de uma parceria entre o Instituto, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e outros parceiros, para o desenvolvimento sustentável da aldeia e o resguardo do terras, foram investidos na compra de softwares, no treinamento de funcionários e no aluguel de equipamentos para sobrevoar e fotografar a reserva a cada 15 dias.
Como funciona
O projeto funciona através de uma base de geoprocessamento com bancos de dados, instalada pela Imagem e localizada no município de Novo Progresso, para cadastrar as coordenadas da reserva, fotos e mapas digitais e visualizar qualquer irregularidade em curtos espaços de tempo. As coordenadas são enviadas por meio de um rádio amador, localizado na aldeia, que funciona com uma bateria de carro.
Assim as informações são incluídas nos mapas e relatórios, desenvolvidos pelo Kabu, e enviados à Polícia Federal e Funai. Além disso, os indígenas foram capacitados para utilizar aparelhos de GPS para coletar coordenadas dos locais onda há invasões e outros tipos de práticas ilegais.
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