O entorno da reserva extrativista da Chapada Limpa

Mayron Régis

Ao se aproximarem, sobrevivia uma impressão de que tudo parara em cima da Chapada. O senhor Manoel do Baturité, do assentamento Baturité e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Chapadinha, Baixo Parnaiba maranhense, prontamente desfez essa impressão. A visão do homem esbarra em vários bacurizeiros – abraçados com centenas de bacuris ou apenas acobertando o solo da Chapada com seus troncos, suas raízes e com suas folhas que descem aos borbotões quando o inverno desaba.

O Nambum-Perdiz, espécie ameaçada de extinção, gorjeava em algum ponto da Chapada. O senhor Manoel soltou vários comentários sobre essa espécie de ave: que ela é difícil de caçar, que quando se queima a Chapada ela se aquieta para que ninguém a veja e que ela come cupim.

Nessa parte da Chapada, entre os municípios de Chapadinha e Afonso Cunha, as comunidades da Vila Borges, do Veredão e do Guarimã, nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, priorizam a coleta dos bacuris caídos a partir das primeiras grandes chuvas. As comunidades do Caboclo e da Santa Fé desvelavam os bacuris do final da Chapada e ali se apanhava muitos bacuris em todas as safras. (mais…)

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Povo Pitaguary e um pouco de sua história

Ceiça Pitaguary

O povo indígena Pitaguary, residente na Terra Indígena Pitaguary, localizada no município de Maracanaú e Pacatuba, Estado do Ceará, conta hoje com uma população de cerca 2000 mil pessoas distribuídas por 537 famílias. Possui como principal fonte de subsistência a agricultura, a pesca, a coleta de frutos e o artesanato. Dispomos de 1.735 hectares de terra em processo de demarcação, que iniciou no ano de 1991, sendo feito até o momento as etapas de identificação e delimitação da área. A área está inserida em meio à comunidade envolvente dos dois municípios da região metropolitana de Fortaleza, sendo vítima de inúmeros impactos ambientais e busca a manutenção da cultura indígena. Os maiores e mais importantes impactos são a exploração de rochas nas encostas das serras que limitam a T.I, bem como, a utilização de áreas férteis para a produção agrícola pelas companhias de Transmissão elétrica (CHESF E STN). Em anos de luta para a sua demarcação tivemos vários problemas, que vem dificultando a sobrevivência das famílias, que residem na comunidade, entre eles: o desmatamento e as queimadas, a poluição das mineradoras. O desemprego de jovens e adultos é grande agravando ainda mais a situação das famílias.
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É retomada e não invasão

do Indios On Line

Quando é mostrado nos meios de comunicação, a recuperação da terra indígena, feita pelo o próprios índio, exemplo RETOMADA, eles dizem: “ índios da tribo… INVADIRAM A FAZENDA DE…” A palavra invasão não é correta, vou esclarecer porque.

As terras brasileiras são indígenas, e pertencem a várias tribos existente e outras que foram exterminados, mas o poder dos grandes latifundiários tomaram nossas terras de nós. Isso no passado, com ajuda de pistoleiros que atacavam as aldeias e matavam o índios com a pior crueldade, os que iam resistiam eram expulsos e encurralados em pequenos pedaços de terras. Essas terras que nos foram roubadas, receberam títulos falsos de posse, aonde colocou os assassinos como dono delas, muitas áreas foram demarcada pelo o governo para manter o pouco de nosso povo, mais isso não durou muito, limitaram pequenas áreas de terra para a nossa sobrevivência, mas foi uma fachada, os invasores tornaram atacar e expulsaram os índios das terras demarcada. Os índios quem resistiram tiveram de sobreviver no mundo do não índios, trabalhando em troca do pão. O nosso povo passou a conhecer de nossos direitos e com ele vimos há muito tempo reivindicando essas terras, mais a justiça não tem dado atenção a nossa causa… E se tornando o mais o ao nosso sofrimento. No Brasil, atualmente a nossa população indígenas representa menos de 1% da população nacional, mesmo assim não somos respeitado no nossos direito.
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Juventude indígena do Brasil, faz “Carta Denúncia”

Juventude indígena da Bahia, novos atores sociais em sintonia com os novos avanços e desafios do mundo contemporâneo. Na foto as índias Tuxá e Atikum de Rodelas/BA.

Carta ao Conselho Nacional de Juventude e a Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal Brasileiro.

Nossos desafios, nossa realidade, cultura e identidade

Os dias de hoje nos desafia a refletir sobre a realidade dos povos brasileiros, e neste momento, em especial com os povos indígenas e o tipo de projeto de desenvolvimento que se coloca para esses povos, em especial para sua juventude.

O Brasil conta com mais de 215 povos indígenas que habitam o Brasil há milhares de anos, falantes de mais de 170 línguas diferentes. A maior parte dos povos indígenas ainda vive em suas próprias terras, no interior das florestas, ou em pequenos núcleos urbanos, próximos às aldeias.

Reconhecemos a caminhada dada nos últimos anos na construção do respeito a diversidade e pluralidade. Entretanto, há de se atentar que vivenciamos no Brasil um processo de criminalização das lideranças indígenas e de seus movimentos, claro desrespeito a esse setor social e aos preceitos fundamentais da constituição. (mais…)

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Libertações em boate: exploração sexual, dívidas e escravidão

Jovens recebiam “salário” em fichas que eram trocadas por produtos superfaturados na venda do próprio estabelecimento, em Várzea Grande (MT). Endividadas, vítimas só conseguiam sair do local mediante pagamento

Por Bárbara Vidal

Mulheres sexualmente exploradas e impedidas de sair de uma boate – a não ser mediante pagamento – foram libertadas em Várzea Grande (MT), município vizinho à capital Cuiabá (MT). Além das 20 jovens do sexo feminino, quatro homens também foram encontrados em situação degradante e submetidos a jornadas exaustivas, itens que caracterizam o trabalho análogo à escravidão (segundo o art. 149 do Código Penal).

Mantidas em alojamentos precários e superlotados no interior da casa noturna Star Night, as mulheres eram obrigadas a ficar praicamente 24h à disposição dos donos do estabelecimento, situado na região do “Zero Km”, a pouco mais de um quilômetro do centro de Várzea Grande (MT) e a cerca de um quilômetro do Aeroporto Internacional Marechal Rondon.
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Operários da construção civil eram escravizados e ameaçados


Aliciados, maranhenses foram libertados em Aparecida de Goiânia (GO). A rotina deles incluía jornada exaustiva, retenção de carteira de trabalho, pagamento atrasado, alojamento péssimo, humilhações e até ameaças

Por Bianca Pyl

Iludidos com promessas de salários mensais de R$ 1,2 mil, 11 homens saíram do Maranhão para trabalhar como pedreiros na construção civil em Goiás. Quando chegaram à Aparecida de Goiânia (GO), verificaram que a realidade era outra: jornadas exaustivas, documentos retidos, pagamentos atrasados, alojamentos péssimos, humilhações e até ameaças para quem ousasse denunciar a situação em que viviam.

Os trabalhadores foram libertados pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Goiás (SRTE/GO) de condições análogas à escravidão no último dia 8 de dezembro. O grupo trabalhava para a H Prestadora, contratada pela Prime Incorporações e Construções, na contrução do condomínio Spazio Gran Maison, no bairro Setor dos Afonsos.

De acordo com Cláudia Maria Duarte, auditora fiscal do trabalho que coordenou a ação, os nordestinos foram vítimas de aliciamento e depois foram submetidos a condições insalubres e desumanas.
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