“Neosocialismo” para evitar o “ecocídio”

Evo Morales fecha fórum da Via Campesina cobrando maior responsabilidade dos governos e uma nova doutrina global pela vida

Vinicius Mansur, de Cancún (Mèxico)

O discurso do presidente boliviano marcou o encerramento do Fórum Global pela Vida, Justiça Ambiental e Social, realizado paralelamente à COP 16, em Cancún, México, na noite de quinta-feira (9). Durante o ato, a Via Campesina entregou a Morales as resoluções tiradas do fórum, que reuniu quase 300 organizações de 76 países.

Ao lembrar que 300 mil pessoas estão morrendo anualmente por desastres naturais, Morales convocou os governos do mundo a “colocarem-se a altura de milhões de vítimas” para discutir os temas de fundo que provocam o aquecimento global: “O tema é estrutural, é o capitalismo, estamos debatendo só os efeitos, não as causas.”

O presidente enfatizou que o capitalismo traz crise atrás de crise, como a financeira, a energética e a ambiental, e que é hora de mudar o modelo e também a consigna “Pátria ou morte”. “Temos que dizer planeta ou morte porque ou morre o capitalismo ou morre a Mãe Terra. Senão teremos um ecocídio ou um genocídio. Frente ao capitalismo, ao colonialismo, ao imperialismo, queremos propor o Neosocialismo. Uma nova doutrina pela vida, para viver bem, não viver melhor. Para compartilhar, não para competir.” (mais…)

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A barbárie como espetáculo

Mídia comercial trata como guerra a crise na Segurança Pública, lucra com a espetacularização e cria falsas dualidades

Leandro Uchoas, do Rio de Janeiro (RJ)

Entre tantos protagonistas na crise da Segurança Pública fluminense, um se destacou: a mídia comercial. As emissoras de TV e rádio e os jornais de grande circulação conseguiram criar uma realidade à parte. Nela, os oficiais da polícia que mais mata e que mais morre no mundo tornaram-se heróis. A população acuada nas comunidades, com risco de ser atingida por balas perdidas, foi retratada como um conjunto de cidadãos grato à chegada “das forças do bem”. O pânico ganhou contornos de lucrativo espetáculo, transmitido ao longo de tardes inteiras. A cobertura televisiva assemelhou-se à transmissão de conflitos como o do Iraque. E a linguagem escolhida também foi a da guerra. Poucas vezes o jornalismo brasileiro esteve tão próximo da ficção.

A barbárie dos traficantes, e a reação policial, foram chamados pelos veículos de “Guerra do Rio”. Cláudia Santiago, do Núcleo Piratininga de Comunicação, critica a opção linguística. “Guerra de quem contra quem? Uma guerra na qual os inimigos são os traficantes das favelas, não por coincidência pobres, negros e candidatos a uma vida curtíssima. Não se lê nenhuma linha sobre os grandes chefes do tráfico: banqueiros, juízes, chefões políticos e militares, advogados”, acusa. Todo o linguajar midiático emprestou expressões da guerra. Inocentes assassinados pela polícia viraram “baixas civis”. A Vila Cruzeiro se transformou no “bunker do tráfico”. A data em que a polícia invadiu a favela tornou-se o “Dia D” – referência à chegada dos aliados à Normandia, na Segunda Guerra, decisiva para a derrota da Alemanha nazista. (mais…)

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Mujeres rurales, entre éxito y explotación

Productoras peruanas de papa muestran sus resultados / Crédito:Milagros Salazar /IPS
Productoras peruanas de papa muestran sus resultados
Por Milagros Salazar

LIMA, dic (IPS) – La imagen tradicional de las mujeres rurales de América Latina, marcada por la subsistencia y el cuidado de su familia, da paso a otra de protagonistas de actividades comerciales y productivas a pequeña y gran escala, en un cambio que tiene detrás historias de éxitos y también de explotación.

Desde la central Huancavelica, la región más pobre de Perú, la quechua Gladis Vila ha logrado junto con otras mujeres que se realicen ferias ecológicas en 22 de las 25 regiones del país como prueba de que es posible producir alimentos sin degradar el entorno.

“Las mujeres productoras indígenas somos las conservadoras de la biodiversidad y hacemos negocio respetando la naturaleza”, aseguró a IPS. Ella, además de trabajar la tierra, preside la Organización Nacional de Mujeres Indígenas y Amazónicas. (mais…)

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I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental aprova Moções contra a TKCSA, o uso de agrotóxicos e em defesa de pesquisadora da EMBRAPA

Encerrado no dia 10 último, sexta-feira, em Belém do Pará, o I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental reuniu cerca de mil professores, pesquisadores, estudantes e técnicos, para debater os principais problemas do setor. No encerramento, foi lançada a Carta da Saúde Ambiental, já divulgada neste Blog, mas que pode ser lida clicando sobre o nome. Publicamos, agora, abaixo, as três Moções aprovadas pela plenária.

MOÇÃO DE REPÚDIO A TKCSA EM SOLIDARIEDADE À POPULAÇÃO DE SANTA CRUZ E PELO DIREITO À SAÚDE

Em 17 de setembro de 2010 foi realizada a Missão de Solidariedade e Investigação de Denúncias em Santa Cruz constituída por técnicos, pesquisadores, legisladores, personalidades e militantes atuantes nas áreas de direitos humanos, meio ambiente e saúde, além de veículos de imprensa. A missão objetivou prestar solidariedade às comunidades de Santa Cruz que vêm sendo diretamente afetadas pelo agravamento da poluição industrial no território, causada pelo início das operações da  ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA), além de coletar informações para subsidiar a elaboração de um dossiê técnico a ser encaminhado a poderes públicos executivos, legislativos e judiciários. (mais…)

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