As 12.788 ameaças correspondem a 14,6% do total de atendimentos e os 47.244 relatos de lesão totalizam 54%. Os principais agressores são maridos, companheiros ou ex-companheiros. De acordo com os relatos, 58% das vítimas são agredidas diariamente. Em 51% dos casos, a mulher diz correr risco de morte.
A secretária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Aparecida Gonçalves, destaca que quando a mulher diz que é ameaçada, os agentes de segurança pública devem acreditar e providenciar a medida protetiva. A voz de uma mulher que reporta estar sendo ameaçada tem de ter credibilidade. Pois só a vítima é quem tem a real dimensão do risco que corre”, alerta a secretária.No último domingo (10), em Itajaí (SC), Márcia Regina de Souza Pacheco foi assassinada pelo ex-marido na frente de uma delegacia, depois de registrar sete boletins relatando a ameaça, de acordo com o previsto na Lei Maria da Penha. No começo do ano em Minas Gerais, a cabeleireira Maria Islaine de Morais, de 31 anos, também foi assassinada pelo ex-marido, depois fazer de cinco denúncias.
Lei Maria da Penha – Do total de informações prestadas pela Central (121.528), 50,4% correspondem à Lei Maria da Penha (61.280).
Tipos de violência – Dos 88.960 casos de violência relatados, 51.736 correspondem à violência física, 1.873 à sexual (tipo de violência que mais aumentou), 10.569 à moral, 1.526 à patrimonial e 22.897 à psicológica.
De acordo com a Central, 38.020 mulheres são agredidas diariamente, o que corresponde a 58% do total de agressões, 39,3% (22.624) relataram que a violência começou desde o inicio da relação, 71% das vítimas mora com o agressor e 54.168 mulheres (66,5%) não depende financeiramente do companheiro.
Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher – É um acordo federativo entre os governos federal, estadual e municipal. Seu objetivo é planejar ações para consolidar a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres por meio da implementação de políticas públicas integradas em todo o território nacional. Conta com 23 Estados. As únicas unidades da federação que não aderiram foram Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, o que pode agravar ainda mais a situação de violência.
Contatos ASCOM/SPM
Gabriela Ferreira do Vale – (61) 3411-4228
Rejane Lopes – (61) 3411-4229
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Enviado por Fernanda Giannasi