Adital – O menor Luis Marileo, detido no Centro de Reabilitação de Conduta de Chol Chol, no sul chileno, se mantém em greve de fome há 31 dias, segundo nota publicada hoje com sua assinatura.
Marileo tem 17 anos de idade e pertence à Comunidade Cacique José Guiñón, na comunidade de Ercilla, região da Araucanía no Chile.
O adolescente, que se uniu ao jejum dos companheiros no dia 1º de setembro, foi aprisionado em abril deste ano, sob a denúncia de associação ilícita terrorista.
A mensagem de Marileo, publicada nesta segunda-feira pela Rede Diário Digital, respalda as demandas de seus irmãos de etnia que exigem o fim da aplicação da lei antiterrorista nas causas dos indígenas, assim como o fim do duplo processamento judicial (civil e militar).
Sobre o acordo proposto pelo Governo que levou uma parte dos presos mapuche a depor a medida de força, o menor opinou que “falta um pronunciamento claro a respeito da desmilitarização de nossas comunidades” e enquanto a eliminação das testemunhas protegidas.
Agregou que os detidos em Chol Chol, instituição que disse “desempenha o papel de cárcere de crianças”, estão presos por tempo excedido de investigação. Denunciou ainda que nas comunidades mapuche há menores com danos psicológicos e físicos.
De acordo com a mencionada publicação que trouxe à luz o testemunho de Marileo, o menor mapuche perdeu até o momento 12 quilos.
A Rede Diário Digital precisou ainda que entre os dez encarcerados na prisão da cidade de Angol que mantêm a greve de fome , se encontra Huaikalaf Calfunao Cadín, hijo da lonko (autoridade) Juana Calfunao.
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