Dez Momentos Patéticos da Política Brasileira em 2015 (até agora), por Leonardo Sakamoto

Blog do Sakamoto

Perguntei a colegas jornalistas quais teriam sido os piores momentos da política brasileira em 2015 – até agora, claro, porque o ano só acaba quando termina. E o “japonês bonzinho” da Polícia Federal que, ao contrário do que apontam leitores maldosos não é meu tio, segue à espreita.

Ao todo, 14 boas almas de veículos de comunicação tradicionais ou independentes, de dentro e de fora do país, que acompanham de perto a política nacional responderam. Posto abaixo os trending topics da brincadeira que bem poderiam vir sucedidas de um #VemMeteoroVem. (mais…)

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As peripécias de Cunha no Congresso

Embora os adiamentos no Conselho de Ética tenham chamado a atenção, Eduardo Cunha faz manobras na Câmara para defender seus interesses desde fevereiro, quando assumiu a presidência

por Étore Medeiros, A Pública

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chegou ao comando da Câmara dos Deputados, em fevereiro, após ter liderado um grupo de parlamentares rebeldes da base governista que, somado à oposição, impôs derrotas ao Palácio do Planalto em uma série de votações entre 2013 e 2014 – o famoso “blocão”. Uma vez na Presidência da Casa, se valeu de interpretações controversas do regimento e de medidas polêmicas e autoritárias para reforçar o poder sobre os deputados, enquanto chantageava o governo e a oposição com os pedidos de impeachment contra Dilma Rousseff. (mais…)

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Cunha é derrotado no Conselho de Ética

Apesar do esforço de aliados, parecer de novo relator pela continuidade do processo contra o presidente da Câmara foi aprovado por 11 votos a 9

por Étore Medeiros, A Pública

O Conselho de Ética finalmente admitiu o processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em uma votação apertada, com 11 votos favoráveis e 9 contrários. Agora, a apuração sobre suposta quebra de decoro do deputado poderá ter continuidade, após inúmeras manobras e protelações de seus aliados. Existe, entretanto, o risco de que os trabalhos do colegiado sejam novamente anulados. (mais…)

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Mudança na Saúde gera protestos no país. Ex-diretor de manicômio denunciado ganha cargo

Por William Helal Filho, em O Globo

RIO – Pacientes esquálidos, medicações inadequadas e internações indevidas. Descritas no relatório de uma auditoria realizada em 2000, as denúncias contra a Casa de Saúde Doutor Eiras, então o maior manicômio particular do país, em Paracambi, na Baixada Fluminense, motivaram o governo federal a pedir, na época, uma investigação do Ministério Público. A medida levou a um processo de intervenção que terminou com o fechamento do local, em 2012. Mas a situação exposta há 15 anos foi relembrada, ontem, durante protestos de profissionais da área contra a nomeação do psiquiatra Valencius Wurch Duarte Filho para o cargo de coordenador de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde. O médico dirigiu o hospital em Paracambi na década de 1990. (mais…)

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2015: desencontros e riscos, por Cândido Grzybowski

Cândido Grzybowski, Ibase

Que ano este! Estamos mergulhados em uma enorme confusão, de muitos desencontros e de poucos consensos. Isto vale para nós, aqui no Brasil, mas é o que prevalece na região e no mundo inteiro. Estamos sintonizados de forma planetária – ajudados pelas novas tecnologias de informação e comunicação – neste vai e vem de gradativa perda de sentidos e rumos do viver em coletividade, com ameaças que rondam, mas não têm configuração precisa. Enfim, como os anos não passam de convenção humana milenar, seria bom podermos acabar com este 2015 e começar logo outro. Ao menos teríamos um alívio momentâneo de celebrações, já que na essência a crise instalada só parece apontar o pior, cada com mais surpresas trágicas até e ser daquelas de ciclo longo, com muita violência e destruição no caminho. (mais…)

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A arena de combates do impeachment e o Brasil jogado aos leões. Entrevista especial com Rudá Ricci

“Estamos vivendo uma aventura política, e isto tem que ficar nítido, liderada pela pior geração de políticos da história de nossa República”, frisa o professor

Por João Vitor Santos, Patrícia Fachin e Leslie Chaves – IHU On-Line

À medida que se seguem as etapas para implementação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, cada vez mais se acirram as disputas e jogos políticos no país. O cientista social e professor Rudá Ricci define as negociações e conflitos como um verdadeiro “leilão” e, a partir dos últimos acontecimentos, prevê como poderá ser o cenário brasileiro nos próximos meses: “Será um toma-lá-dá-cá que pode durar todo primeiro semestre de 2016. E sangrará o país e nossa economia durante todo este tempo”. (mais…)

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Protesto não é crime: os 23 do Rio

Por Sophia Besthorn, em Partido Pirata

Nos próximos dias, o processo contra os 23 ativistas políticos do Rio de Janeiro entra na sua fase final que, resultará nas  sentenças a serem proferidas pelo Juiz da 27ª Vara Criminal, Flávio Itabaiana.

Após os protestos populares de Junho de 2013, tornou-se clara a fragilidade do Estado brasileiro perante a revolta do seu povo. Assistimos à tomada das ruas das principais capitais por multidões que exigiam não caprichos, mas os serviços essenciais que estão ausentes de suas vidas.  A resposta do poder público foi nada menos do que a força bruta das polícias e uma cortina de fumaça eleitoral, cheia de medidas paliativas, ouvidos moucos e promessas vazias de reforma e mudança no futuro. (mais…)

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Um julgamento escondido, por Janio de Freitas

Na Folha de São Paulo

Sem que figure na pauta, nem esteja sequer mencionada em uma das ações a serem julgadas na quarta feira, sobre procedimentos do Congresso em casos de impeachment, o Supremo Tribunal Federal decidirá também uma questão de grande influência. Até mais importante para o próprio país do que será para Dilma Rousseff e para seus algozes.

O Supremo pode estabelecer medidas que cessem, ou ao menos diminuam muito, a bestialidade vigente na Câmara. Nem seria difícil fazê-lo. As “lacunas na legislação do impeachment”, como alegam por aí, são no máximo frestas, que não resistem à leitura séria dos artigos específicos da Constituição, e um pouco de lógica. Não seria preciso decorrer daí o fim do problema de Dilma para que, depressa, a recuperação de alguma ordem desanuviasse o ambiente geral. (mais…)

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Lobby da indústria farmacêutica põe direito à saúde na UTI

No Blog do Sakamoto

Grandes laboratórios investem em doações para campanhas eleitorais, bancam viagens internacionais para parlamentares e contratam ex-gestores públicos com acesso a informações privilegiadas. A razão é simples: só em 2014, a indústria do setor lucrou 29,4 bilhões de dólares por aqui e a expectativa é de crescimento, apesar da crise. Este texto de Najla Passos, para a Repórter Brasil, é longo, mas importante, pois mostra como funciona o lobby do setor, que atinge diferentes partidos e espectros ideológicos.

Afinal, a única certeza é que, em algum momento da vida (para os sortudos) ou pela vida inteira (no caso da maioria), quase todos nós usam, usaram ou usarão medicamentos. (mais…)

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Reflexões sobre corrupção “organizada” e “imprópria”, por Alceu Castilho

Pensata de FHC precisa ser mais bem detalhada; reflitamos, então, sobre organicidade e acaso, e sobre as características centrais dessa palavra-fetiche, “corrupção”

Em Outras Palavras

O príncipe Fernando Henrique Cardoso admite que em seu governo a corrupção existia, mas não era “organizada“. À tentação de imaginar a Mancha Verde, a Gaviões da Fiel e a Jovem Fla como símbolos do que seria algo “organizado”, permito-me mais uma vez pesquisar a origem do termo. Ele vem de “orgânico”, “que possui órgãos cujo funcionamento determina a vida”. Desconhecíamos até então essa influência naturalista – biológica – na visão do sociólogo. (mais…)

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