Um preso político no Brasil democrático

Detido desde dezembro de 2014 por ter participado dos protestos durante a Copa do Mundo, Igor Mendes é considerado preso político pela ONG Tortura Nunca Mais; há mais 23 réus no processo cheio de falhas e lacunas

por Anne Vigna – Agência Pública

Três jovens do Rio de Janeiro foram agraciados este ano com a Medalha Chico Mendes de Resistência, concedida tradicionalmente no dia 31 de março pela ONG Tortura Nunca Mais. Assim como os combatentes das ditaduras do Cone Sul, também homenageados com a medalha, esses jovens, representados por suas mães na cerimônia, foram vítimas da violência do Estado – agora em regime democrático. Dois deles foram assassinados por policiais da UPP Manguinhos; o terceiro, Igor Mendes, está em uma cela no presídio de Bangu. Os três casos ainda estão em julgamento. (mais…)

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Protestos contra o racismo nos EUA terminam com prisões e policiais feridos

Leandra Felipe – Correspondente da Agência Brasil/EBC

A polícia de Baltimore, nos Estados Unidos, prendeu 34 pessoas que participavam de protestos por causa da morte do jovem afro-americano Freddi Gray, de 25 anos, que estava sob custódia policial na cidade e morreu após sofrer lesões na coluna vertebral, no domingo (19). As circunstâncias da morte do jovem negro estão sendo investigadas. O incidente provocou uma série de protestos e manifestações da população negra local, que acusa a polícia de Baltimore de ter causado a morte do rapaz de forma violenta. (mais…)

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No MS, Eduardo Cunha é recebido com protesto pela classe trabalhadora

Manifestantes se concentraram em frente a FIEMS para receber o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha

Da Página do MST

O deputado Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara Federal, foi recebido com protesto na sede da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), em Campo Grande, nesta sexta-feira (24). organizado pela classe trabalhadora do campo e da cidade. (mais…)

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A revolução será costurada: arpilleras

Como as arpilleras, movimento iniciado nos anos 1970 por um grupo de bordadeiras chilenas, vieram até o Brasil para se transformar no grito de resistência das mulheres contra a violência

Por Renata Penzani, na Revista da Cultura

“Lucía, Lucía, a panela está vazia.” Essas palavras, transformadas em estribilho, podiam ser ouvidas em quase todos os protestos contra o governo de Pinochet, no Chile dos anos 1970-1980. Lucía, a mulher do ditador, era invocada por minorias sociais afetadas pela pobreza, fome e violência decorrentes do regime ditatorial. Este é apenas um dos fragmentos de história retratados nas chamadas “arpilleras”, uma técnica de bordado sobre sacos de farinha ou batata que por muitos anos foi as mãos e os braços das mulheres na luta contra a realidade política do Chile. Narrando a história de suas famílias e comunidades com agulhas e retalhos de tecido, as arpilleristas recriaram a tarefa de repensar a sociedade. (mais…)

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“O nosso exército é de trabalhadores que lutam pela terra”, diz coordenador do MST

Alexandre Conceição critica deputado federal Ezequiel Teixeira que pediu esclarecimentos sobre um suposto “exército do MST”

Por Guilherme Franco
Da Revista Fórum

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição, rebateu as declarações do pastor e deputado federal Ezequiel Teixeira (Solidariedade-RJ) em que afirma que o movimento possui um “exército paralelo que ameaça à segurança nacional”. (mais…)

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O Brasil e as marchas de março

Elaine Tavares – Palavras Insurgentes

Ouvi de um amigo agora pela manhã, falando sobre a marcha do dia 15, chamada pela direita brasileira: “Eu já não sei mais o que é esquerda, o que é direita”. Eis aí um grande nó para a compreensão da realidade. Acreditar que não há mais diferenças na forma de pensar e agir sobre o mundo é cair numa armadilha de alienação. Sempre foram muito claros os conceitos de direita e esquerda. Ser de direita é apostar na conservação dos privilégios de poucos, é a postura da maioria dos mais ricos, por exemplo. Eles querem seguir controlando as riquezas do país, para delas tirarem proveito, querem dominar o espaço político, querem manter os mais pobres sob controle. Já ser de esquerda é lutar contra isso, garantindo participação para todos, direitos respeitados, o fim da opressão. (mais…)

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Terá a vaca (Brasil) ido pro brejo?

Voltando das ferias, tive a impressão de ter desembarcado em outro tempo para não dizer em outro país. Ou, talvez, em dois países: o da mídia e o real. Difícil definir qual o pior. A distancia ajudou na reflexão. Talvez haja um terceiro país, o do governo, que parece tão distante da realidade como o da mídia

Paulo Cannabrava Filho* – Diálogos do Sul

A realidade, confesso, assusta.

Nos supermercados as coisas básicas quase que dobraram de preço. A gasolina e o diesel além dos pedágios subiram barbaridade. O aumento do combustível provoca aumento em cascata em praticamente todos os demais produtos, principalmente os gêneros de primeira necessidade. (mais…)

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Maré: guerra e duas mortes na Marcha pela Paz

Contra violência quotidiana da ocupação, protesto seguia pacífico, festivo, dançante. Polícia, exército e crime organizado não puderam suportar aquilo

Por Priscila Pedrosa Prisco | Imagem: Cristiane Oliveira – Outras Palavras

Um pouco mais recuperada do choque que tive hoje ao acompanhar o ato da população em favor da vida, na Maré, em mais uma missão pela Comissão de Direitos Humanos da OABRJ, eis que me sinto no dever cidadão de contar o que testemunhei. Estou transbordando coisas que não cabem mais em mim. (mais…)

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Dezoito meses após junho de 2013, PM ainda não sabe lidar com protestos

A estação de metrô da Faria Lima mergulhou no caos na última terça-feira. Tudo começou quando por volta das 23h, parte do grupo que havia participado da manifestação contra o aumento da tarifa, que terminara no Largo da Batata sem nenhuma ocorrência de tumulto, foi em direção à entrada do metrô para fazer um “catracaço”: pular as catracas e entrar sem pagar. Foi aí que a polícia, na tentativa de impedir o ato ilegal, atirou bombas de efeito moral dentro da estação

Marina Rossi – El País / IHU On-Line

Na estação Faria Lima, além dos manifestantes, estavam trabalhadores que voltavam para casa, crianças. Tudo ficou tomado por gás e fumaça. O pânico se instaurou. Intoxicados pelo gás das bombas e assustados por não saber o que acontecia, os passageiros entraram em choque, muitos choraram, gritaram, achando que o local estava pegando fogo. Alguns, que nunca haviam sofridos os efeitos de uma bomba dessas, achavam que seus corpos estavam queimando, por causa da reação similar provocada pela aspiração do gás. (mais…)

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“De volta a maio”, atos contra aumento da tarifa sinalizam um 2015 com grandes lutas sociais

Gabriel Brito e Raphael Sanz – Correio da Cidadania

Estava cantado. O ano de 2015 jamais poderia ser acusado de começar depois do carnaval, praxe para definir o início dos trabalhos políticos brasileiros. Depois de um acirradíssimo 2014 e uma eleição que terminou repleta de rancores, dentre outros fenômenos sociais em ascensão, os novos governos começam a se deparar com uma recessão econômica sem fim previsto e crises estruturais em setores essenciais, a exemplo da água e energia.

Estamos diante de um rico cenário para as mais diversas movimentações políticas. Dessa forma, os governos estaduais e municipais de todo o país começaram o novo período “corrigindo” seu erro estratégico de 2013 e anunciaram o aumento das tarifas quando ainda espocavam os fogos do novo ano, época em que vastos setores da sociedade estão de guarda baixa. (mais…)

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