No Alemão, quem ocupa escola é a UPP

Através da Lei de Acesso à Informação, Pública confirma que a UPP instalada dentro de um colégio do complexo do Alemão, no Rio, deve permanecer; crianças convivem com medo e tiroteios e dizem ser orientadas a não falar à imprensa

por Anne Vigna, A Pública

“O secretário esteve hoje na comunidade de Nova Brasília e esteve na escola Caic Theophilo de Souza Pinto. Ele reafirmou o compromisso em mudar a escola do local”, escreveu, por email, a assessoria de comunicação do secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, em resposta ao pedido da Pública para visitar a UPP Nova Brasília, implantada há três anos no colégio estadual que atende alunos do ensino fundamental e médio. A permissão foi negada: nem a Pública poderia visitar a escola nem seus funcionários poderiam dar entrevistas. A Secretaria de Educação se recusou a informar o número de alunos que frequenta a escola, depois da implantação da UPP. (mais…)

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Mensagem do Povo Munduruku para o combate ao preconceito e à discriminação (atualizada)

Esse vídeo foi produzido pelos integrantes do Projeto IBAOREBU de Formação Integral Munduruku, uma experiência de educação diferenciada onde o aprendizado se constrói de forma coletiva, onde a autonomia e o protagonismo do Povo Munduruku se fortalecem e se recriam para repercutir em outros espaços de luta e resistência.

O vídeo foi todo concebido pelos Munduruku, a partir de um processo de reflexão e discussão sobre as situações de preconceito, discriminação e opressão vivenciadas cotidianamente e, principalmente, sobre a importância da valorização da cultura e da afirmação da identidade na luta em defesa dos direitos. (mais…)

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Investigação sobre racismo na Unesp termina com pedido de desculpas

Comissão de professores apresentaram relatório final em uma reunião. Frases ofensivas foram escritas em um dos banheiros do campus de Bauru.

Do G1 Bauru e Marília

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) apresentou nesta terça-feira (24) o relatório final do processo interno que investigou as pichações racistas que foram encontradas no dia 24 de julho  deste ano em um banheiro masculino do campus de Bauru (SP). Em uma reunião aberta, a apresentação do relatório terminou com um pedido de desculpas ao professor Juarez Xavier, que é coordenador do Núcleo Negro para Pesquisa e Extensão (Nupe), e à comunidade negra, que foram vítimas de racismo.  (mais…)

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Por que 200 soterrados por uma mina em Mianmar não geram catarse?, por Alceu Castilho

Ocidente minimiza catástrofe no Sudeste Asiático motivada por ganância de mineradoras; qualquer semelhança com Minas Gerais não será mera coincidência

Em Outras Palavras

Tome-se a editoria de Internacional do Estadão nesta segunda-feira. Ela que já foi a mais completa do jornalismo brasileiro. Procure-se a última notícia. Lá está: “Deslizamento de mina deixa pelo menos 100 mortos em Mianmar”. Mas há outros 100 trabalhadores desaparecidos. Ou seja, soterrados. Observem a matemática do crime: são duzentos assassinados por falta sistemática de segurança nas minerações de jade – a pedra preciosa. Certamente pendurada em alguns pescoços elegantes pelo planeta. (mais…)

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Minha maternidade tem cor: mães negras na luta contra o racismo

*Lorena Morais, no População Negra e Saúde

“Depois de colocá-la em uma escola particular, em menos de um mês de aula, minha filha – na época com cinco anos – queria ser branca, ficava procurando qual parte de sua pele era branca”. Para Meires Barbosa, universitária, esse tem sido um dos maiores desafios da maternidade negra: o enfrentamento ao racismo. (mais…)

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E se fosse a lama da Petrobras na Praia de Ipanema?, por Alceu Luís Castilho

Impacto da barragem destruída gera uma Escola Base às avessas; imprensa brasileira perde ímpeto acusatório quando casos emblemáticos envolvem as elites econômicas

No Outras Palavras

A maior catástrofe ambiental do século 21 no Brasil ganha novo ícone com a chegada da lama da Samarco (Vale, BHP) no Oceano Atlântico. Mas quem se importa com a avalanche gosmenta de resíduos na Praia de Regência, no Espírito Santo? Em um litoral que o biólogo André Ruschi define como “a Amazônia marinha do planeta“? Pouco após a barragem da mineradora se romper, no dia 5, houve quem perguntasse, diante da desatenção inicial da grande imprensa: “E se fosse com a Petrobras?” Cabe agora atualizar a pergunta: “E se essa lama estivesse chegando na Praia de Copacabana? Ou Ipanema, Leblon, Barra? Ganharia a capa de Veja?” (mais…)

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Reclamar de “racismo contra brancos” é o fundo do poço, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

O que leva alguém a defender publicamente um Dia da Consciência Branca na mesma data em que se celebra o Dia da Consciência Negra?

Alguns vão dizer que a pessoa está apenas exercendo o seu direito à liberdade de expressão. Concordo. Da mesma forma que ao sair gritando nu, com o corpo pintado de dourado, segurando um cabrito imolado, dizendo que sou Nabucodonosor, apogeu e glória do povo assírio, também estarei sendo livre. (mais…)

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Me colocaram numa mesa chamada Navio Negreiro”; veja 5 relatos de racismo

Por Flávio Ilha, colaboração para o UOL, de Porto Alegre

Os relatos de racismo sempre envolvem ocorrências traumáticas, quando não violentas mesmo. São histórias que ficam para a vida inteira, caso da cantora Elza Soares que presenciou sua primeira experiência nos anos de 1940. Ou no caso do Frei David, que mudou radicalmente sua postura pessoal depois de ser humilhado junto aos negros de sua turma de seminário.

Confira abaixo alguns registros dramáticos de racismo. (mais…)

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Ministério Público do Rio denuncia PM pela morte do menino Eduardo

Promotor discorda de inquérito policial que justifica o disparo como legítima defesa

María Martin, El País Brasil

O Ministério Público do Rio de Janeiro decidiu questionar o inquérito da Polícia Civil que investigou a morte por um tiro de fuzil do menino Eduardo, de 10 anos, durante uma operação policial no Complexo do Alemão, no mês de abril. O delegado responsável pelo inquérito concluiu que os policiais agiram em legítima defesa pois estavam enfrentando narcotraficantes, eximindo os agentes de qualquer responsabilidade. A mãe de Eduardo, Terezinha de Jesus, que sempre defendeu que naquele dia não houve confronto que justificasse a tese da legítima defesa, soube do fim da investigação pela imprensa e disse ter sentido vontade de “quebrar tudo”. Ela prometeu não se render até que os responsáveis pela morte de seu filho sejam punidos. (mais…)

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Consciência Negra: Racismo institucional, mulheres negras e a aids

Emanuelle Goes* para Agência de Notícias da Aids,  no População Negra e Saúde

As mulheres negras estão sempre vulneráveis a vários agravos e mortes, isso não ocorre ao acaso, mas por conta do racismo e do sexismo que atuam de forma estruturante em suas vidas, desta forma as experiências vividas ocorrem de forma diferenciada por acumular duas ou mais opressões que se articulam.

E quando se pensa em exposição ao HIV, são as mulheres negras com menor escolaridade e renda que estão mais vulneráveis ao agravo, além disso elas também tem dificuldades institucionais no acesso ao diagnóstico e ao tratamento. (mais…)

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