Hidronegócio: Para onde vai a água numa crise construída? Seminário na USP, 18-23 de maio

O Seminário Hidronegócio: Pra onde vai a água numa crise construída? ocorrerá entre os dias 18 a 23 de Maio, nos Anfiteatros da Geografia/História – Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo.

Este evento visa problematizar as formas de apropriação das águas na sociedade, em meio ao processo de privatização de recursos naturais que se intensifica. Como forma de ampliar a visão da atual crise hídrica da região Sudeste do Brasil, o seminário pretende promover articulação e debate entre atores que constroem o enfrentamento da crise, trazendo reflexões e perspetivas ausentes nos discursos da mídia e dos governantes. (mais…)

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A lição dos gigantes humildes: Colônia Santa Teresa, 75 anos do Holocausto Hanseniano

Vítimas da hanseníase transformaram o horror da clausura em uma das experiências de amor à arte e à vida comunitária mais belas da humanidade

Por Raquel Wandelli*, em Combate Racismo Ambiental

Quando posam para fotografia, eles se abraçam e escondem inconscientemente as mãos nas costas entrelaçadas. Pequenas e atrofiadas, feito as asas feridas de um pássaro, as mãos são a única sequela visível da doença no corpo. São as mesmas mãos que Cristo beijou numa solenidade antiga. Há muitas décadas já estão completamente curados, mas o preconceito e as marcas psicológicas da violência contra os sobreviventes do holocausto hanseniano nunca se apagam de todo. Submetidos à clausura compulsória, Benício Pereira, 85 anos e Antônio Scabeni, 74, se conheceram dentro do Hospital Colônia Santa Teresa, em São Pedro de Alcântara (SC), onde se casaram com as irmãs Sita Eger Pereira, 83, e Bernadete Eger Scabeni, 77, também presas por apresentarem os sintomas da doença. Ali, recolhidos ainda crianças e adolescentes, esses casais cresceram, tiveram filhos, sofreram a dor de muitas separações forçadas e escreveram a história secreta de uma vida verdadeiramente comunitária. (mais…)

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As novas famílias

Conheça as histórias, repletas de alegrias e conflitos, que representam algumas das configurações familiares cada vez mais comuns no Brasil

Por Roberta Salomone, em O Globo

Marcos amava Fabio que sonhava em ter um filho. Sem planejar, o casal acabou adotando dois. Carol queria ser mãe, e Kika também. Lilian não tinha namorado ou marido, mas resolveu engravidar. A mãe foi a companhia em todas as consultas médicas. Com Adriano, não conhecer pessoalmente os sogros e ter tido uma educação bem diferente da mulher, a canadense Eve, não foram motivos para impedir o casamento deles. Fabiana tinha dois filhos; Gian, outros dois. Foram morar juntos com os quatro, a mãe dela, e ainda tiveram mais dois meninos. Estas histórias, que você conhece aqui embaixo, talvez até sejam difíceis de serem entendidas logo de primeira, mas representam algumas das configurações familiares cada vez mais comuns no Brasil, que já ultrapassam, segundo o último Censo do IBGE, o tradicional núcleo mãe, pai e filho. (mais…)

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