O roteiro do suicídio político do PT, que vai custar caro à esquerda

Por Luiz Carlos Azenha, em VIOMUNDO

Como escrevemos anteriormente, aqui e no Facebook, o mar de lama da Samarco teve também uma dimensão simbólica.

Explicitou que a captura das instituições públicas brasileiras pelo poder econômico é absoluta.

A Samarco disse que a lama não era tóxica, que estava “monitorando” a enxurrada, etc. etc.

A empresa e uma de suas controladoras, a Vale, assumiram papeis que cabiam ao Estado, dentre os quais distribuir água.

Das autoridades não saiu um pio, a não ser pelo anúncio de multas milionárias que afinal não serão pagas. (mais…)

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‘Invasões’ x ‘Ocupações’. Por um curso intensivo para jornalistas, por Alceu Luís Castilho

Como ensinar a editores distraídos a diferença entre ocupação e invasão? Sem complicar muito, com rápidas pinceladas de Constituição e história do Brasil?

No Outras Palavras

Não se trata de algo inocente, como sabemos. Chamar uma ocupação de “invasão” tem consequências graves para a luta política. Para a disputa por espaços. A favor de quem detém o poder, e a favor do nivelamento por baixo, da banalização das verdadeiras invasões. Invasões = assaltos. Uma coisa feia. Um abuso. Violência.

(Como, invadir não significa exatamente assaltar? Deem um Google em “Invadir” e “assaltos” ou “assaltantes” e vejam como as palavras estão estatisticamente associadas.) (mais…)

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David Harvey aposta na radicalização das cidades

Entrevistado no Brasil, ele sustenta: é nos grandes centros urbanos que capitalismo contemporâneo se reproduz — mas é de lá, também, que pode surgir alternativa

Por Daniel Santini*, na Adital

David Harvey não gosta de São Paulo. “Estive na cidade, nos anos 1970, e também em lugares, como Recife e Salvador. Eles foram totalmente tomados por arranha-céus e shopping centers. Todos, no Brasil, gostam de pensar que o país é especial – mas o que o Brasil tem de especial? É só capitalismo”. É assim, de maneira direta e clara, sem medir palavras, que ele respondeu a perguntas de um grupo reunido na capital paulista para uma entrevista coletiva organizada pela Fundação Rosa Luxemburgo. (mais…)

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“No Brasil, o Estado é demonizado e o mercado é o reino de todas as virtudes”

Presidente do Ipea, o sociólogo Jessé Souza questiona as bases do pensamento nacional

Por Rodolfo Borges, em El País

O sociólogo Jessé Souza lidera desde o início do ano, quando assumiu a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) – na esteira da polêmica eleitoral do atraso da divulgação de uma pesquisa sobre miséria –, um levantamento que se propõe a fazer uma “radiografia do Brasil contemporâneo”. A pesquisa, que deve começar a apresentar resultados em setembro do próximo ano, faz parte de um esforço geral do Ipea para compreender melhor quem é o brasileiro e colaborar para a avaliação de políticas públicas que pretendem melhorar a vida da população. (mais…)

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Mariana: A culpa da política que acha que Vale “progresso” a qualquer preço, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Há tanta groselha política sendo postada sobre a questão do caos ambiental provocado pela Samarco (=Vale + BHP) a partir do rompimento de uma barragem de resíduos da exploração de minério de ferro em Mariana (MG), que resolvi resgatar algumas reflexões. Enquanto governo federal e oposição vomitam discursos pré-fabricados e hipócritas de choque diante de uma realidade de Casa da Mãe Joana que ambos ajudaram a instalar no meio ambiente brasileiro, a onda de lama mudou completamente a vida em Minas Gerais, no Espírito Santo e, agora, segue livre para criar problemas para a costa do Atlântico. (mais…)

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O Rio teria a coragem de eleger prefeito alguém que bateu na mulher?, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Apenas um povo que se orgulha em ter a porrada como um de seus principais patrimônios imateriais, argamassa que dá liga à vida, alfa e ômega de suas relações sociais pode tolerar que alguém que tenha espancado a companheira sonhe em ser candidato a algum cargo público.

Se o secretário executivo de Coordenação de Governo do Rio, Pedro Paulo Carvalho, realmente sair para disputar a prefeitura da capital carioca, em 2016, mesmo com o escândalo envolvendo atos de violência doméstica contra sua ex-mulher, podemos mandar reinicializar o município, pois deu pau, tilt, travou tudo. Afinal, premiar esse tipo de coisa mostra que algo deu muito, muito errado. (mais…)

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Jessé Souza: ‘A desigualdade é mais grave que a corrupção’

Em novo livro, sociólogo e presidente do Ipea critica cientistas e classe média tradicional

Por Nice de Paulo, em O Globo

RIO – Depois de dizer que os 40 milhões de brasileiros que ingressaram no mercado de consumo nos últimos anos não formavam uma classe média – como então alardeava o governo -, Jessé Souza, que assumiu a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em abril, promete mais polêmica com o livro “A tolice da inteligência brasileira”, que chega às lojas nos próximos dias. Nele, o sociólogo afirma que o Brasil não tem uma classe alta, mas sim uma “classe de endinheirados”. (mais…)

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O sertão carioca

‘A gente do mato, quando vai para a cidade, se sente muito pacato. Dá até dor de cabeça. Acho bonito, tem praia, aquela coisa toda, mas a gente tem medo do mar, medo de ser assaltado. Vai que a gente morre. Não gosto nem de falar. Desculpe o meu dizer, sou matuto mesmo. Tem coisa que não é do nosso mundo’. (Bichinho, 55 anos)

Por Caio Barreto Briso, O Globo

No alto de uma montanha em Campo Grande, a caminho do Pico da Pedra Branca, o mais alto do Rio com seus 1.024 metros, vivem agricultores isolados do resto da cidade. Cerca de dez famílias habitam casas de pau a pique, sem energia, onde a luz vem de velas e lampiões, como no século XIX. As notícias do mundo chegam pelo rádio de pilha. Burros fazem escoar toda a produção de banana prata e caqui da região, metade dela orgânica. São os resquícios do sertão carioca, como era chamada a Zona Oeste, antiga área rural, até os anos 1950. Para chegar às casas mais distantes, caminha-se até 4 horas em uma trilha pela mata fechada (depois de duas horas de carro, para quem sai do Centro). Dos sussurros da floresta nascem histórias de “visagens”, assombrações da meia-noite que muitos juram existir. Durante seis dias, uma equipe do GLOBO conviveu com os agricultores, compartilhando refeições, acompanhando o trabalho na roça, desbravando o sertão carioca. (mais…)

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Internautas cobram posição de Sebastião Salgado sobre tragédia de Mariana

Fotógrafo e esposa têm uma ONG patrocinada pela Vale do Rio, uma das empresas donas da Samarco, mineradora de onde vazou a lama que poluiu o Rio Doce

Por lara Brant, no EM

O fotógrafo mineiro Sebastião Salgado, natural de Aimorés, uma das cidades atingidas pela lama proveniente do rompimento das barragens da Samarco em Mariana, e que criou ao lado da esposa Lélia Deluiz Wanick Salgado uma ONG ambiental, o Instituto Terra, com o apoio da Vale do Rio Doce, ainda não se pronunciou sobre o ocorrido. Segundo sua assessoria, que fica em Paris, na França, Salgado está ciente e preocupado com o que aconteceu, mas que não vai se manifestar sobre o caso porque sua “agenda está com muitos compromissos”. Nesta quinta-feira, inclusive, o fotógrafo estaria em Brasília para um evento que não foi divulgado. (mais…)

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Andréa Zhouri sobre Mariana e a mineração: Estamos assistindo à reprimarização da economia. Isso não é desenvolvimento!

Combate Racismo Ambiental

“Nós estamos falando de uma empresa que é composta por duas grandes gigantes da mineração mundial. São as empresas mais avançadas em termos de mineração, que é a Vale e a Billiton. As duas são as donas da Samarco. São empresas que são detentoras de altíssima tecnologia: são as maiores gigantes da mineração no mundo. A pergunta é: por que continuam usando tecnologia rudimentar e precária aqui no Brasil, em Minas Gerais?” 

A fala é de Andréa Zhouri entrevistada hoje por Érica Toledo, para o programa Opinião Minas. (mais…)

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