Inquérito civil instaurado pelo MPF/BA apura atuação dos Gladiadores do Altar, da Igreja Universal do Reino de Deus
O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) reuniu-se com representantes do Coletivo de Entidades Negras (CEN) e do Grupo de Trabalho de Intolerância de Brasília, após o registro de representação contra intolerância religiosa. O inquérito civil para a apuração de suposto treinamento paramilitar de fiéis, conhecidos como Gladiadores do Altar, feito pela Igreja Universal do Reino de Deus, já foi instaurado pelo procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Leandro Nunes.
Na reunião, os representantes afirmaram que a carta aberta apresentada pretende coibir a atuação dos Gladiadores do Altar, que denigre a imagem dos integrantes dos movimentos negros. Eles disseram que a discriminação religiosa vem sendo reiterada no cotidiano e citaram alguns exemplos, como o apedrejamento do terreiro da Casa Branca, em Vasco da Gama; carros de som que são colocados em frente ao terreiro Ilê Axé Oxumaré com músicas evangélicas; a proibição da entrada de um religioso com adereço na cabeça no Fórum Odilon Santos, em Santo Amaro (BA); o desrespeito constante a imagens de orixás e agressões aos integrantes do Candomblé.
Para os participantes do encontro, há uma preocupação em relação à Igreja Universal por conta do radicalismo e do fanatismo, que geram a perseguição religiosa. Ao final da reunião, os representantes comprometeram-se a apresentar ao MPF/BA elementos referentes aos casos concretos de intolerância religiosa.
Boa iniciativa. Devereiam também ser lembradas as varias formas de discriminação e intolerancia de alguma confissões religiosas de cunho fundamentlista também em relação ao trabalho dos pajés. Esta postura religiosa tem gerado divisão entre as pessoas, e desestruturação de aldeias, divisão entre os que estão salvos e os considerados pecadores.