Objetivo da reunião é discutir cumprimento de compensações para aldeias. Construção de hidrelétrica é contestada pelos indígenas da região.
Lideranças indígenas de nove etnias se reúnem com representantes do Ibama, Funai, Ministério Público Federal (MPF) e Norte Energia (NE) neste sábado (25). As tribos questionam o cumprimento das compensações prometidas no início da construção da Usina de Belo Monte, localizada em Vitória do Xingu. Segundo a NE [Norte Energia], responsável pelo empreendimento, a empresa possui 28 projetos voltados para comunidades indígenas e investiu mais de R$ 200 milhões nas aldeias [sic].
Cerca de 100 índios de 9 aldeias da região do Xingu ocuparam a sede do Ibama de Altamira durante a manhã da última quinta-feira. Durante a tarde, eles se deslocaram para o prédio da Funai protestando contra o descumprimento do componente indígena que faz parte do Plano Básico Ambiental para a instalação da usina.
Os manifestantes também cobram que o Ibama seja rigoroso na concessão da licença de operação da hidrelétrica, exigindo que a operação não seja liberada em 2015.
Segundo a Norte [Energia], todas as obras do Projeto Básico Ambiental do Componente Indígena (PBA-CI) da Usina Hidrelétrica Belo Monte já estão contratadas ou em fase final de contratação [sic]. Não há nenhum risco das ações deixarem de ser executadas [sic]. Os prazos de conclusão estão sendo acordados com a Fundação Nacional do Índio de acordo com o suporte de cada uma das aldeias, das nove etnias beneficiadas pelo empreendimento [sic].