Mãe negra, criança negra: identidade e transformação

Desde os relacionamentos que geram uma gravidez até o momento do parto, muitas questões sociais se entrelaçam, na maioria das vezes revelando as mais diversas faces do racismo brasileiro

Por Jarid Arraes* – População Negra e Saúde

Ana Beatriz da Silva, conhecida como Bia Onça, geógrafa, é mãe do pequeno Malcolm Akins, de quase três anos. O nome do filho, inspirado em um grande ícone da luta negra nos Estados Unidos – Malcolm X – também traz no registro o significado “valente, corajoso”, marcado pelo Akins de origem egípcia. A escolha do nome revela a maternidade politizada e consciente do seu papel transformador, que do próprio nome escolhido para o filho já começa a enfrentar os indícios de uma sociedade racista e eurocêntrica: Onça levou o filho bebê para ser vacinado no posto de saúde do seu bairro, entregou o cartão de vacinação da criança e esperou sua vez de ser chamada. No entanto, foi surpreendida com o deboche da enfermeira, que criticou o nome do menino na frente de todos. Apesar do ato não ter passado em branco, Onça deixa evidente que entendeu o episódio como um caso de racismo – e por isso não se calou. (mais…)

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Relatório da CNV: sócios alemães pedem que Siemens explique envolvimento com ditadura brasileira

Em reunião anual de prestação de contas, grupo de acionistas pediu que a multinacional explicasse informação da CNV de que Siemens financiou Oban

Felipe Amorim – Opera Mundi

Durante a reunião anual de prestação de contas da multinacional alemã Siemens, em Munique, um grupo de acionistas minoritários questionou a empresa por seu envolvimento com a ditadura militar brasileira (1964-1985). Ao exigir esclarecimentos, a Associação de Acionistas Críticos fez uso do relatório final da CNV (Comissão Nacional da Verdade), que cita a Siemens como uma das financiadoras da Oban (Operação Bandeirante), órgão da repressão que mais tarde daria origem ao DOI-Codi — o principal centro de tortura e morte do regime militar. (mais…)

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Minerodutos jogam no mar água que abasteceria milhões

Em meio à crise hídrica, minerodutos utilizam água dos rios para levar polpa de ferro ao porto

Por Bruno Porto, no Hoje em Dia, via Desenvolvimentistas / Viomundo

A seca prolongada ameaça o abastecimento de água e energia elétrica, mas a crise hídrica passa longe das atividades de mineração em Minas Gerais. Os minerodutos – tubulações que levam o minério de ferro em estado arenoso misturado com água, como se fosse uma polpa – operam a todo vapor, e novos projetos estão em andamento, sinalizando para a continuação do desperdício de um recurso precioso. (mais…)

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Na crise da água, IBAMA pode autorizar mais um mineroduto em Minas

Canal de transporte de minério através da água terá 482 km e atravessará 21 municípios

Filipe Ribeiro Sá Martins – Brasil de Fato

Grão Mogol (MG)

No auge do debate sobre o uso da água, o estado de Minas Gerais pode receber mais um mineroduto. O Projeto Vale do Rio Pardo, empreendimento que prevê um mineroduto de 482 km do Norte de Minas até a Bahia, está prestes a obter a licença prévia do IBAMA. (mais…)

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O Syriza está falando sério

Por José Gusmão*, em Ladrões de Bicicletas/Correio da Cidadania

Depois da vitória eleitoral de domingo, o Syriza ficou obrigado a negociar um acordo de governo para viabilizar a sua política, naquilo que ela tem de mais central: a restruturação da dívida. Sem uma restruturação da dívida que imponha perdas substanciais aos credores, incluindo os credores institucionais que detêm, de longe, a maior fatia da dívida grega, qualquer discurso sobre o fim da austeridade é conversa. (mais…)

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Ameaçados por madeireiros, indígenas deixam isolamento e contraem doença

Por Marcela Belchior, em Adital

Apenas um mês após fazer contato com aldeia próxima, contraíram gripe três indígenas isolados forçados a deixarem sua terra pelo avanço da extração de madeira, na região noroeste do Estado do Maranhão, no Brasil. Amakaria, Jakarewỹj e Irahoa, pertencentes ao povo Awá, viviam isolados na Terra Indígena (TI) Caru havia cerca de 30 anos. No fim do ano passado, entretanto, eles retornaram para antiga aldeia e acabaram contraindo o vírus, para o qual não têm imunidade. (mais…)

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MPF discutirá implantação da reserva indígena e impactos da perda da refinaria

A reunião também analisará possíveis impactos da suspensão do projeto da Refinaria Premium II para a reserva

Redação O POVO Online

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) realizará reunião, dia 9 de fevereiro na sede do MPF/CE, com os índios Anacés para discutir problemas relacionados à implantação da Reserva Indígena Taba dos Anacés, na Região Metropolitana de Fortaleza. A reunião também deve avaliar possíveis impactos da suspensão do projeto da Refinaria Premium II para a reserva. (mais…)

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Camponeses: Mais além da convivência com o capital

“Ora, qual seria então a pratica social camponesa que lhe permitiria alcançar a ‘utopia camponesa’ capaz de resgatar o camponês, não enquanto história, conforme sugestão de Ianni, mas da sua própria história nas sociedades capitalistas?”, questiona Horacio Martins de Carvalho, engenheiro agrônomo formado pela Escola Nacional de Agronomia da Universidade Rural do Brasil e especialista em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Eis o artigo

IHU On-Line

1. A PERSISTÊNCIA CAMPONESA

Numa formação econômica e social complexa como a brasileira os camponeses (o campesinato), na sua imensa diversidade, convivem contemporaneamente com as empresas capitalistas de maneira estruturalmente conflitiva devido à exploração econômica a que estão por elas submetidos. Em algumas circunstâncias, como nos contratos de produção e ou nos processos de integração, como por vezes esse processo é referido para dar conta das parcerias no processo de produção entre camponeses e empresas capitalistas, essa exploração se dá de maneira consentida devida a algumas vantagens conjunturais que os camponeses podem usufruir nessas condições de relações econômicas desiguais. (mais…)

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Caso Máxima Acuña de Chaupe: ¿La policía a favor o en contra de la ley?

Por Ana Leyva V. – Servindi

30 de enero, 2015.- Según diversos medios periodísticos, el 20 de enero, 15 efectivos de la Policía Nacional en compañía de varios miembros de la empresa SECURITAS, que presta servicios de seguridad a Minera Yanacocha, intervinieron la casa de Máxima Acuña de Chaupe, ubicada en el sector de Tragadero Grande, frente a la Laguna azul, en el área donde se ubica el proyecto minero Conga. El objeto de dicha intervención habría sido prohibir a la familia Acuña Chaupe que realice actividades agropecuarias y obras de mejoramiento de su vivienda. (mais…)

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