Nesta quinta-feira (18), às 10h, um grupo de indígenas da etnia Kadiwéu fará uma mobilização em frente à sede da FUNAI, em Campo Grande. O motivo do movimento é solicitar às autoridades agilidade na apuração da morte do ex-cacique Ademir Matchua, ocorrido na quinta-feira (11), na Aldeia Alves de Barros, município de Porto Murtinho.
Lourival Matchua, que é sobrinho de Ademir e líder indígena (Presidente da Associação das Comunidades Indígenas da Reserva Kadiwéu – ACIRK), vai solicitar uma audiência com a coordenadora regional da FUNAI, Ana Beatriz Lisboa, com o intuito de solicitar agilidade na apuração da morte do ex-cacique e o envolvimento dos servidores da Coordenação Técnica Local/ FUNAI de Bonito (CTL), Fernando Marques e Ambrósio da Silva.
Conforme Lourival, as desavenças entre os servidores da CTL de Bonito e a comunidade ocasionou [sic] a morte de Ademir e do indígena Orácio Ferraz. Os servidores envolvidos na morte de Ademir Matchua não compareceram ao trabalho e a CTL de Bonito continua fechada sem atendimento à comunidade indígena.
“Queremos trazer estabilidade e paz para a Reserva Indígena Kadiwéu. Estamos vivendo uma situação de conflito permanente e nossas vidas correm perigo”, diz Lourival. Segundo Lourival, a intervenção da FUNAI, Ministério Público Federal e Polícia Federal na região é essencial para trazer segurança aos índios.
O movimento acontece na quinta-feira (18), às 10h, na sede da FUNAI em Campo Grande, à rua Maracajú, 768.