Guarani-kaiowá prometem resistir a reintegração de posse

Foto reproduzida da página da Deputada Erika Kokay
Foto reproduzida da página da Deputada Erika Kokay

Indígenas da aldeia Kurusu Ambá, na fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai, promovem a Aty Guasu, grande assembleia para organizar a resistência

por Redação da RBA

Os indígenas guarani-kaiowá da aldeia Kurusu Ambá, no município de Coronel Sapucaia, fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai, estão determinados a resistir à reintegração de posse que pode ocorrer a qualquer momento. O clima é tenso na região e indígenas de outras partes do estado já chegaram na aldeia, onde ocorre a Aty Guasu, uma grande assembleia para fortalecer a resistência.

Nesta sexta-feira (5), eles devem receber lideranças de movimentos sociais, ONGs, defensores de direitos humanos, representantes do MPF, da Funai, do governo federal e imprensa nacional e internacional.

Kurusu Ambá é uma terra indígena que possui uma história de violência e mortes. Já são três assassinatos, segundo o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), do Mato Grosso do Sul, Flávio Vicente Machado. “Recentemente, houve ataques à comunidade. Pistoleiros, à noite, em camionetes, iam até a comunidade e faziam algazarras e davam tiros. O clima é realmente muito tenso”, afirmou à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

O coordenador regional do Cimi-MS lamenta a morosidade do processo de demarcação de terras. Nos últimos quatro anos, não houve nenhum avanço.

Ao lado da luta política, os guaranis fazem da reza uma forma de resistência. “A tensão da comunidade é tamanha que, segundo os rezadores, precisam de orações especificas para garantir tanto a segurança do grupo, quanto a vitória, segundo eles”, conclui Flávio.

Ouça a reportagem completa da Rádio Brasil Atual.

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