Censura no Facebook, por Atilio A. Boron*

Há alguns dias cometi um “erro imperdoável”: criticar asperamente a secretária de Estado Hillary Clinton quando, diante do quinto assassinato de um cientista iraniano, limitou-se a encolher os ombros e dizer que isso era o resultado das provocações de Teerão ao negar-se a suspender o seu programa nuclear. Disse então, e repito agora, que a Clinton é “o elo perdido entre as aves carniceiras e a espécie humana”, recordando a sua gargalhada quando lhe comunicaram o linchamento de Kadafi.

Mas o meu “erro” foi colocar essa opinião no Facebook: poucas horas depois foi-me proibido o acesso à minha conta e a ter contacto com os meus mais de sete mil seguidores. O que se seguiu depois é uma história kafkiana, ainda não concluída, para tentar recuperar o acesso à minha conta. Toda classe de truques e obstáculos foram levantados e ainda hoje, quinta-feira 19 de Janeiro, quase três dias depois do incidente, não pude tornar a utilizar a minha conta. Para cúmulo, jamais pude ter contacto com pessoa alguma do Facebook e todas as perguntas que podia fazer eram estereotipadas e obtinha, de um robot, respostas igualmente estúpidas e estereotipadas. Nenhuma respondia à pergunta crucial: por que me haviam bloqueado o acesso à minha conta do Facebook?

A conclusão de tudo isto é algo que já sabia e que venho dizendo desde há longos anos, em contraposição a ilustres sociólogos e analistas que dizem tontices tais como “a rede é o universo da liberdade, não há centro, não há controle, é democracia em grau superlativo”. Estes teóricos da resignação e do desalento parecem ignorar que a web está super controlada – não que vá estar e sim que já está, de facto – e as infames iniciativas legislativas estado-unidenses como a SOPA e a PIPA não são senão tentativas de legalizar o que já estão fazendo. (mais…)

Ler Mais

Problema indígena también es por exclusión: Amnistía

Para la organización Amnistía Internacional, la realidad por la que atraviesan las poblaciones indígenas de la Sierra Tarahumara no es única, pues los pueblos indígenas en México han vivido condiciones de discriminación, exclusión y marginación de manera permanente a lo largo de la historia.

“Estas condiciones no son casuales ni naturales; son resultado de carencias graves en el enfoque que el Estado ha incorporado para proteger, respetar y garantizar los derechos humanos”, advirtió el director ejecutivo de la asociación en México, Alberto Herrera.

El problema central por el que atraviesan las comunidades indígenas en México, insistió es el de la exclusión: desde megaproyectos de extracción energética o para el desarrollo de infraestructura impuestos sin la debida consulta a las poblaciones afectadas, hasta políticas de combate a la pobreza que no partieron de un diálogo con las comunidades, el acercamiento que de manera recurrente han tenido las autoridades con los pueblos indígenas ha sido, en muchos sentidos, ciego y sordo.

“Esta aproximación no ha valorado a las personas y pueblos indígenas como sujetos de derechos cuya voz debe ser escuchada”, advirtió. (mais…)

Ler Mais

ONG indígena se defende de acusação

A Associação Indígena Agitasi, uma das organizações citadas em reportagem publicada pelo DIÁRIO, no último domingo, por ter recebido recursos da Secretaria Municipal de Saúde de Belém em 2010 (R$ 1.971.000,00) para prestar serviços de assistência indígena em outros municípios, não nega ter recebido a verba.

Segundo a entidade, o convênio 002/2009 é exclusivamente para contratação de recursos humanos para o Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá Tocantins/Ministério da Saúde (Dsei Guatoc). “Não há no plano de trabalho nenhum outro tipo de rubrica que envolva compras, obras ou qualquer outro tipo de licitação. As despesas são somente para pagamento de salários e obrigações contábeis decorrentes destas contratações”, diz trecho de nota enviada ao jornal. Segundo a Agitasi, o convênio foi fruto de reuniões com os diversos secretários de Saúde que passaram pela Prefeitura de Belém desde 2006, onde estes recursos vinham se acumulando. “A associação recebeu realmente o valor citado na reportagem. Em torno de 1,9 milhão. Todos os funcionários são contratados via CLT, com a anuência do Dsei Guatoc, que solicita a demanda de pessoal para executar ações e serviços de saúde na Casa do Índio em Belém e na sede do Dsei, incluindo seus polos bases”.

Ainda segundo a entidade, “todos os funcionários existem, possuem documentos colocados na prestação de contas e estarão à disposição de quem quiser para arguição”. De acordo com a ONG, não procede a informação de que o dinheiro está sendo gasto em Capitão Poço. “Apenas a sede da ONG fica em Capitão Poço”.

http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-149983-ONG+INDIGENA+SE+DEFENDE+DE+ACUSACAO.html

Ler Mais

Austrália propõe mudar lei, mas aborígenes querem mudança real

Alison Golding, 73 anos, posa com a bandeiraaborígene, uma das três bandeiras oficiais daAustrália

Liz Lacerda

Alison Golding tinha 10 anos quando chegou à escola pela primeira vez em um ônibus lotado de crianças aborígenes. Próximos à cerca, os colegas brancos esperavam os novos alunos com um grito uníssono, repetido inúmeras vezes: “os negros estão chegando”. Era início dos anos de 1950. A menina nunca tinha ouvido a palavra ‘negros’, mas se acostumaria com ela nos tempos que se seguiriam.

Recebidas com cuspes, as crianças sentavam separadas nas salas de aula, usavam banheiros exclusivos e tinham os cabelos e as mãos inspecionados todas as manhãs, diante das gargalhadas dos outros estudantes. “Quando cheguei à adolescência, me chamaram de ‘lixo’ e de ‘macaca’, fui impedida de entrar em lojas e ninguém ficava do meu lado no ônibus”, lembra.

Aos 73 anos, Alison garante que a situação melhorou, mas os aborígenes ainda lutam contra a discriminação. Eles representam um quarto da população carcerária, mas apenas 2,5% do total de habitantes do país. Segundo o Australian Bureau of Statistics, a taxa de desemprego entre os indígenas atinge 18%, quando a média nacional é de 5,2%. “Muitas vezes, eu vi mulheres brancas conseguirem o emprego algumas horas depois de as empresas me dizerem que não tinha mais vaga”, diz Alison. (mais…)

Ler Mais

‘Só estava ajudando minha ex’, diz homem agredido por PM no Pinheirinho

Em entrevista ao ‘Estado’, pedreiro conta como foi atacado pelos policiais em desocupação em São José

William Cardoso – O Estado de S.Paulo

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – O servente de pedreiro Claudio Anésio Martins, de 48 anos, ficou conhecido após ser divulgado na internet vídeo em que aparece sendo agredido por um grupo de policiais militares no domingo, durante reintegração de posse da comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos. Localizado pelo Estado, ele contou que estava ali apenas para ajudar a ex-mulher e acabou atacado porque PMs acharam erroneamente que ele tinha atirado uma pedra.

O que o senhor estava fazendo no momento da agressão?
Eu estava saindo de debaixo da tenda, quando vinham descendo uns quatro, cinco policiais. Daí eles perguntaram para mim por que eu estava jogando pedra neles. Falei “eu não, filho”. Como, rapaz, se eu estava acabando de sair da tenda para ir até a rua? Daí, um já veio me agredindo. (mais…)

Ler Mais

Doação ao Arquivo Nacional abre comemorações do Centenário de Apolônio

Herói da Guerra Civil Espanhola contra o facismo, da Resistência Francesa contra o nazismo e de todas as lutas em favor de um Brasil mais justo e solidário, Apolônio de Carvalho é protagonista da História do Século XX. As homenagens pelo seu centenário serão abertas com uma cerimônia no Arquivo Nacional, quando seu acervo será doado à instituição, contribuindo para a recuperação e preservação da memória nacional.

Ler Mais

Marina pressiona Dilma a vetar mudanças no Código Florestal

Bernardo Mello Franco

A ex-presidenciável Marina Silva (sem partido) fez uma cobrança pública à presidente Dilma Rousseff para que ela vete as mudanças no Código Florestal aprovadas pelo Congresso no ano passado.

Em discurso no Fórum Social Temático, nesta quarta-feira (25), Marina afirmou que Dilma se comprometeu na campanha de 2010 a barrar projetos que aumentem o desmatamento.

Ela pediu a representantes de movimentos sociais que pressionem a presidente a “honrar” a promessa.

“A presidente Dilma se comprometeu no segundo turno, assinando de próprio punho, que vetaria qualquer projeto que provoque aumento no desmatamento e anistia para os desmatadores”, disse Marina. (mais…)

Ler Mais

Emergências no Brasil

Roberto DaMatta – O Estado de S.Paulo

No Brasil, a palavra emergência é um desses vocábulos com muitos sentidos, quase todos reveladores da dimensão mais profunda da atmosfera local. Dou um exemplo: se um inglês grita “help!”, ele é imediatamente socorrido. Se uma companhia aérea americana, pequena ou grande, recebe um pedido de passagem numa “emergency” – isso já ocorreu comigo -, o lugar vai ser obtido. Palavras como socorro, perigo, ajuda, emergência e expressões como vida ou morte têm o poder de suspender as rotinas diárias e deflagram atitudes condizentes. O atendimento e a atenção têm de ser imediatos.

No Brasil, elas dizem o mesmo, mas depende de quem está do lado de cá (como vítima ou doente) ou do lado de lá da porta do hospital ou do balcão de atendimento. Entre nós existem mediações e tudo depende do “caso” – e o “caso”, conforme sabemos, mas não discutimos, tem a ver com conceitos tipicamente brasileiros como “a pinta”, “a cara”, “o jeito” – a tal aparência. O modo pelo qual a vítima ou o doente é socialmente classificado.

Em todos os encontros impessoais no Brasil, o modo de falar, o tom de voz, o porte, a roupa, a cor da pele, a gesticulação, o cabelo e o penteado, os adereços, o andar e até mesmo o grau de limpeza, o cheiro, o relógio ou o anel – com maior ou menor peso, mas com a cor da pele, sejamos sinceros, sendo muito importante – são peças básicas no acolhimento ou na rejeição de uma emergência. Acostumados a ver as pessoas situando-as apenas como inferiores ou superiores e jamais como iguais, as emergências e os socorros (esses momentos que nos igualam como seres mortais e capazes de serem ofendidos, feridos e socorridos) passam numa primeira instância a “saber quem é a vítima” para, em seguida, dar-lhe atenção ou desamparo. (mais…)

Ler Mais

Centroamérica: Nuestra región atraviesa una profunda crisis alimentaria y represión campesina

Reunidas las organizaciones campesinas, indígenas y afrodecendientes de Centroamérica, hoy [ayer] 25 de Enero del 2012, expresamos ante la opinión pública nacional, regional e internacional, la situación crítica que vivimos las familias en el campo tales como: la represión, criminalización a nuestras luchas, destrucción de cultivos, persecución judicial, el acaparamiento de tierra y la explotación de los Bienes Naturales mediante la implementación de los mega proyectos,  como  mono cultivos, minería e hidroeléctricas  en la región.

Toda esta conflictividad genera a nuestros pueblos un déficit de la Soberanía Alimentaria esto lleva a una crisis profunda, hambruna y extrema pobreza en las comunidades campesinas teniendo mayor impacto en las mujeres, niños y ancianos.

Expresamos nuestro repudio y condenamos los ataques sistemáticos que sufren nuestros hermanos y hermanas del Bajo Aguán en Honduras; así como los compañeros y compañeras del Valle del Polochic en Guatemala. (mais…)

Ler Mais