Em 2011, o plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) condenou cinco juízes por desvios de conduta – um número ínfimo, considerando que a corregedoria do órgão julgou 4.337 processos disciplinares contra juízes e servidores no mesmo período. Além de reclamações da conduta dos magistrados, há também queixas de excesso de prazo para dar decisões em processos judiciais.
No ano passado, a corregedoria abriu 4.112 processos disciplinares contra juízes e servidores de tribunais de todo o país. Foram julgados 4.337. Ou seja, parte dos casos novos e dos que já tramitavam no órgão. Hoje, há 2.573 processos desse tipo tramitando na corregedoria. Eles correspondem a 79,65% dos processos totais do CNJ. Os números constam do relatório anual de atividades do conselho, que será votado hoje em plenário.
A investigação contra um magistrado começa na corregedoria, que apura os fatos e os apresenta ao plenário do CNJ. Depois de analisar, os conselheiros decidem se abrem ou não processo administrativo disciplinar contra o juiz. A relatoria do caso sai da corregedoria e vai para as mãos de um conselheiro, que instrui novamente o processo, colhendo provas e dando ao acusado a chance de se defender. Em seguida, o conselheiro leva seu voto ao plenário, e o colegiado decide condenar ou não. (mais…)