Morreu Abdias do Nascimento

Abdias do Nascimento nasceu em Franca (SP) no dia 14 de março de 1914, filho de José Ferreira do Nascimento e de Georgina Ferreira do Nascimento.

Diplomado em contabilidade em 1929, bacharelou-se em ciências econômicas pela Universidade do Rio de Janeiro em 1938. Diretor-fundador do Teatro Experimental do Negro em 1944, em maio do ano seguinte participou da fundação do Partido Trabalhista Brasileiro. Militante do movimento negro – foi o organizador do primeiro Congresso do Negro Brasileiro, em 1950 –, concluiu o curso de sociologia no Instituto Superior de Estudos Brasileiros em 1956.

Abdias esteve à frente do Teatro Experimental do Negro até 1968, quando, em decorrência do endurecimento do regime militar implantado no país em abril de 1964 e da inclusão do seu nome em vários inquéritos policiais militares, exilou-se nos Estados Unidos, onde trabalhou como professor universitário. Co-fundador do Movimento Negro Unificado em 1978, em maio de 1980, foi, juntamente com Leonel Brizola – de quem se tornara amigo no exílio – um dos fundadores do Partido Democrático Trabalhista (PDT). Escolhido vice-presidente do partido em 1981, nesse mesmo ano fundou o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em 1982, retornou definitivamente ao Brasil. (mais…)

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Monteiro Lobato e a sua obra “polêmica”, por Zulu Araújo

No próximo dia 25 de Maio, celebra-se no mundo inteiro o Dia da África, data em que foi fundada a Organização da União Africana (OUA), que tinha e tem como objetivo maior o desenvolvimento do continente africano. Inicialmente pensei em escrever sobre o significado desta data para o Brasil e fazer uma breve reflexão sobre como o Governo brasileiro, ano passado, saudou este dia, por meio da realização do II Encontro Afro Latino, evento que contou com a presença de 12 países latino-americanos e 05 organizações internacionais, dentre elas a Unesco e centenas de intelectuais e ativistas afro latinos. Mas, ao abrir o Jornal O Globo, fiquei estarrecido de tal forma, que resolvi meter o bedelho, não científico, no que a grande imprensa e alguns letrados brasileiros chamam de “polêmica” sobre a obra de Monteiro Lobato.

Quando, em outubro de 2010, o Conselho Nacional de Educação fez recomendações para o uso de notas explicativas sobre o uso da obra de Monteiro Lobato nas escolas, devido aos estereótipos e conteúdos racistas, não dei muita importância por considerar que era chover no molhado. Mas, jamais imaginei a gravidade do assunto. Só depois que li a magnifica “Carta Aberta” de Ana Maria Gonçalves ao cartunista Ziraldo, seguramente o maior libelo no combate ao racismo institucional dos últimos tempos, é que me dei conta. Ao ler a opinião de Monteiro Lobato sobre a Ku Klux Kan, que reproduzo abaixo, fiquei estupefato! (mais…)

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Seides entrega alimentos doados pela defesa civil nacional aos quilombolas

Comunidades quilombolas de Japaratuba, Capela e Cumbe foram as contempladas Técnicos da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) e membros da Defesa Civil Estadual entregaram nesta segunda-feira, 23,  mais de 200 cestas de alimentos às comunidades quilombolas de Japaratuba, Capela e Cumbe. Ao todo, mais de duas mil cestas serão entregues até o dia 1º de junho.

Os alimentos foram doados pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, através da distribuição da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As cidades de Poço Redondo, Porto da Folha, Brejo Grande, Japoatã, Canhoba, Indiaroba, Laranjeiras, Aracaju, Barra dos Coqueiros, Frei Paulo e Santa Luzia do Itanhi também receberão os alimentos.

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“Mãe, se você matar alguém, fica famosa”

A mídia precisa parar com esse egoísmo burro de querer audiência em troca da desgraça alheia. Precisamos frear essa corrida maluca, cuja única lógica é reproduzir uma “insustentabilidade geral”

O que refletir sobre a seguinte situação:

No último fim de semana, acompanhada de uma prima e sua filha, de seis anos, eu estava indo para um almoço de família, quando a menina indagou: (mais…)

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Impasse florestal deixa base dividida no Congresso

Projeto do novo Código vai a votação sem que se tenha conseguido costurar um acordo. A tropa governista está dividida, e o Planalto pode acabar atropelado pelos ruralistas

 

Antonio Cruz/ABr
Ruralistas, como Caiado, não aceitam termos do acordo proposto pelo governo. Votação do Código Florestal pode virar primeira derrota do Planalto com Dilma

Renata Camargo

Apesar das longas e onerosas negociações, a votação do projeto do novo Código Florestal, marcada para esta terça-feira (24), caminha para uma queda de braço no plenário da Câmara, sem precedentes para o governo do PT. Enquanto o Planalto tenta costurar um novo acordo para o impasse em torno das áreas consolidadas, propondo abrir mão de áreas de preservação em pequenas propriedades, deputados da bancada ruralista, inclusive parlamentares da base, afirmam que não vão aceitar um novo texto.

 

“Consolidar as atividades em áreas de preservação apenas em pequenas propriedades não tem o menor sentido. Essa posição é do governo, mas quem tem que decidir isso é o Congresso. Não tem sentido e assim não há acordo. A consolidação é para todas as propriedades”, afirma o deputado Paulo Piau (PMDB-MG), autor da emenda de plenário 164, que propõe que todas as atividades agrossilvopastoris em áreas de preservação permanente (APPs) existentes até 22 de julho de 2008 sejam mantidas.

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Dois líderes seringueiros assassinados esta manhã no Pará

O deputado Edilson Moura, do PT, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembéia Legislativa viaja agora de manhã para Nova Ipixuna do Pará onde vai apurar a morte dos líderes sindicais do Conselho Nacional dos Seringueiros, Maria do Espírito Santo e João Cláudio Ribeiro da Silva, mortos a tiros na manhã desta terça-feira, em uma estrada vicinal que leva ao projeto de assentamento extrativista Praia Alta Pirandeira, localizado no município de Ipixuna do Pará.

Segundo informações de integrantes do Conselho Nacional dos Seringueiros,em Nova Ipixuna, os dois eram lideranças do assentamento Praia Alta e vinham denunciando, há tempos, o desmatamento e a extração ilegal de madeira na região.

 

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Documento liga novo código a avanço do desmatamento

O aumento do ritmo das motosserras na Amazônia está relacionado à reforma do Código Florestal em discussão no Congresso Nacional. É o que afirma documento oficial submetido ao gabinete de crise criado nesta semana pelo governo federal para combater o desmatamento na Amazônia.

Ofício assinado pelo secretário do Meio Ambiente de Mato Grosso, Alexander Torres Maia, relata que o Código Florestal criou a expectativa entre proprietários de terra de que não seriam concedidas novas autorizações para desmatamento. Outra expectativa criada foi de que os responsáveis seriam anistiados. O Estado lidera o ranking dos que mais derrubam árvores.

“Não há como negar a forte vinculação entre o desmatamento e os processos de discussão da legislação ambiental”, diz o ofício ao qual o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso. O documento faz referência ao Código Florestal e ao Zoneamento Econômico Ecológico de Mato Grosso. À reportagem, o secretário confirmou o vínculo. (mais…)

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Dinâmica demográfica da população negra é tema do Comunicado nº 91 do Ipea

Estudo foi apresentado ontem (12), pelo secretário-executivo da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Mário Lisboa Theodoro, e pela técnica de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Ana Amélia Camarano

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgou ontem (12), às 14h30, o Comunicado do Ipea nº 91, Dinâmica Demográfica da População Negra Brasileira. O estudo, que compara o comportamento demográfico das populações negra e branca, pode ser conferido aqui. A pesquisa faz uma análise da composição etária das populações negra e branca e das tendências de crescimento desses grupos. O envelhecimento populacional de negros e brancos, as principais causas de morte em cada grupo e as mudanças nos arranjos familiares e no papel da mulher também são abordados no Comunicado. Por fim, é avaliado como as diferenças demográficas ligadas à raça podem afetar as políticas públicas.

 

http://africas.com.br/site/index.php/archives/11878?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+com%2FZLVz+%28AFRICAS.com.br%29

 

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Suicídios e as difíceis respostas

Fui visitar o amigo Kaiowá, Amilton Lopes, na Terra Indígena Nhanderu Marangatu, na fronteira com o Paraguai. Foi logo comentando que um vizinho seu, Arnaldo Savalo, de 30 anos, havia se suicidado, há três dias. Porém colocou uma pitada de desconfiança. “Ele estava assim ajoelhado encima da cama com a corda no pescoço e o peito machucado. Existem dúvidas se em alguns casos os aparentes suicídios não são a rigor homicídios. Porém isso acaba ficando para o rol dos mistérios que nunca serão esclarecidos. O fato é que os suicídios são, conforme a concepção Kaiowá Guarani, uma “doença-epidemia” que está fazendo cada vez mais vítimas. Falam sempre com certo constrangimento quando perguntados sobre o assunto. Preferem silenciar a respeito. Por esta razão os relatórios  e estatísticas são sempre parciais e subestimadas. Conforme alguns estudiosos  a média anual de suicídios entre esse povo, no Mato Grosso do Sul, fica em torno de cinqüenta casos. Os números registrados ficam sempre aquém do que de fato acontece. Nos últimos vinte anos, foram 517 suicídios, conforme órgãos oficiais.

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AFRORUPTURA: Nem o centro nem a periferia

Suor, sangue e racismo teceram o ?desenvolvimento? brasileiro e o lucro dos países imperialistas europeus durante séculos de história. No entanto, essas feridas sociais não fazem parte do passado, pois negras/os e pardas/os recebem menores salários, lideram estatísticas de vítimas de mortes violentas e constituem maioria da população carcerária.

Partindo dessas manchas sociais, o coletivo REVOCULTURA propôs uma parceria com o Museu da Abolição de Pernambuco para fazermos do lugar um espaço de criação e vivência que nos proporcione cultivar as sementes da resistência aos vários exercícios de poder da nossa sociedade, tal como o racismo. Acreditamos que a partir da autogestão social, autonomia e construção coletiva de arte e conhecimento livres podemos germinar novos paradigmas que nos orientem para uma sociedade pautada na liberdade e nos trabalhos coletivo e criativo. (mais…)

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