O II Seminário Interfóruns, realizado no auditório Paulo Freire, da Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), teve como tema “Educar para Liberdade: possibilidade e limites na sociedade das desigualdades”. O evento discutiu, entre outras coisas, a questão da exclusão social, o debate pedagógico e a igualdade entre os povos.
A coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Diversidade Étnico-Racial da Semed, Rosário de Fátima, explicou que o objetivo do seminário é assegurar um debate pedagógico sobre a diversidade. “A ideia é discutir acerca do 13 de maio, Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo, com vistas a uma intervenção positiva para diminuir a exclusão social”, afirmou.
Em 1978, o dia 13 de maio foi transformado pelo Movimento Negro Unificado (MNU) em Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo. Este ano, a data celebra 123 anos da abolição da escravidão no Brasil, entretanto, para os organizadores do evento, o Brasil mantém um dos mais acentuados quadros desigualdade social e econômica do mundo.
O secretário-adjunto da Semed, Marcelo Nascimento, que representou o secretário Thomaz Beltrão, disse que a secretaria estará sempre à disposição dos movimentos sociais e reconheceu a importância da luta contra a exclusão social. “Só quem foi vítima de qualquer preconceito é quem sentiu na pele a importância de ações afirmativas na educação”, disse.
O seminário contou com representantes dos seguintes fóruns: de Educação e Desenvolvimento Étnico-Racial; de Educação de Jovens e Adultos; de Educação Infantil; de Educação do Campo; de Diversidade Sexual na Escola; e de Educação Escolar Indígena.
De acordo com o professor Juliano Brito, do Fórum da Diversidade Sexual na Escola, a violência contra as pessoas não heterossexuais existe em toda parte do mundo e apresenta proporções significantes. No Brasil, ele citou alguns avanços, como o artigo 5º da Constituição Federal, que fala da igualdade entre todas as pessoas, e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que fala sobre os princípios que devem ser norteadores do ensino público e privado, tais como: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, e pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
Ao final do debate, Rosário de Fátima informou que as discussões ocorridas no seminário serão levadas por cada fórum às suas especificidades. “Vamos continuar com esses ciclos de palestras e levar às bases todas as questões pertinentes ao tema, para continuarmos buscando, cada vez mais, a integração de todos”, afirmou.
por Roberto Lopes.
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