Engajados na luta contra o racismo

A seção Dê sua opinião do FIFA.com propôs na semana passada um tema bastante polêmico aos leitores dos seis idiomas do site: o que é possível fazer para lutar contra o racismo? Os nossos usuários não nos decepcionaram e analisaram com profundidade a chaga social que também afeta o futebol, contribuindo com sugestões e ideias para lutar contra ela.

O americano Froboy96 qualificou de absurdas todas as atitudes racistas, particularmente no âmbito do futebol. “As equipes que têm jogadores de diferentes raças e procedências demonstram como eles podem jogar bem juntos”, observou. “O Barça é um ótimo exemplo, já que conta com atletas de todo o mundo. No futebol internacional vemos vários países e clubes que estão fazendo um grande trabalho com jogadores de raízes culturais e raciais diferentes, comprovando que no esporte somos todos iguais. No esporte e na vida. Pessoalmente, sempre vi o futebol como um caminho rumo à paz, ao amor e à luta contra a discriminação.”

Os leitores da versão em espanhol apontaram a educação como a forma de cortar o problema pela raiz. “É uma questão de educação, de valores morais que precisamos aprender com os nossos pais”, defendeu odri-gd, da Argentina. “É necessário começar a educar os nossos filhos em casa, dando exemplos e não apenas dizendo o que precisam fazer”, corroborou AMERICA1979, da Colômbia. Narcista52, também da Colômbia, se comprometeu pessoalmente. “A forma mais adequada para acabar com o racismo está nas casas e nas escolas, que é quando as crianças e os jovens começam a interagir com a sociedade. Estudo para ser professor, e quando estiver dando aula vou contribuir para que não haja mais discriminação.” Dahoulaid, da Argélia, também mencionou a formação. “É um tema que deveria ser tratado nas escolinhas de futebol”, observou.

Outros leitores se concentraram mais em medidas a serem aplicadas nos locais de prática desportiva. “Deveria haver um anúncio advertindo o público sobre as consequências do racismo, e também é necessário punir os racistas com multa ou até com a expulsão dos estádios”, sugeriu Eniotna49fabrizio, que ainda pediu medidas mais duras. “Apesar de não ser muito justo, seria necessário tirar pontos das equipes com torcedores racistas. Isso poderia fazer os clubes reagirem já. A equipe também poderia ser impedida de escalar estrangeiros no fim de semana seguinte.” Sem dúvida, uma maneira bem didática de mostrar aos racistas que o preconceito não faz sentido.

Para o brasileiro xandy999, a luta contra a discriminação é um trabalho de todos. “Quero pedir que qualquer torcedor que presencie um ato racista o denuncie imediatamente às autoridades”, conclamou. Já cleobarreto, também do Brasil, pregou a união. “Quando vejo que alguém não aceita a diferença do outro, sinto pena porque se trata de alguém doente, doente da alma. Vamos nos unir porque a união traz a paz.”

O alemão brucelee90 propôs uma chamada de atenção dentro dos estádios. “Deveria haver um discurso antes de cada partida, seja amistosa ou de Copa do Mundo. Em algum momento, a mensagem ficará gravada nos cérebros dessas pessoas.” A publicidade é uma das armas que também defende o usuário registrado como 597915464, da Arábia Saudita. “Não gosto do racismo, só presto atenção ao que se vê em campo. Sugiro que seja feita uma publicidade com os melhores jogadores do mundo de todas as raças, mostrando que só a cooperação traz vitórias e dizendo não ao racismo.”

O lituano enYusste11 confia no esporte. “É difícil, mas o futebol pode mudar esta situação. Devemos nos concentrar nos jovens. Deixar claro a eles que somos todos iguais e não temos direito de discriminar. É necessário fazer projetos globais e mostrar às pessoas que ser racista não é legal.”

Nós do FIFA.com queremos agradecer a todos os participantes que contribuíram com este debate e demonstraram a consciência social dos nossos leitores. Convidamos todos a permanecerem atentos a esta seção, já que amanhã voltaremos a propor um debate sobre a atualidade do planeta futebol.

http://pt.fifa.com/worldfootball/news/newsid=1428293.html%E2%80%8F

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