O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, resolveu reivindicar internamente o controle sobre as decisões do setor de florestas plantadas. “É um pedido justo e razoável de um setor que contribui muito para o agronegócio. Vou levar isso adiante com a presidente Dilma Rousseff”, informou Rossi.
As normas e regras para o segmento estão hoje sob o comando do Ministério do Meio Ambiente. A disputa pelas florestas plantadas ganha relevância em razão do volume de investimentos, nacionais e estrangeiros, e das discussões ambientais, sobretudo as questões vinculadas à reforma do Código Florestal Brasileiro. As empresas do segmento projetam investir R$ 14 bilhões no plantio de florestas e aquisição de terras até 2014. Estima-se a necessidade de até 2 milhões de hectares.
Apoiado pela Abraf (Associação das Empresas Florestais), que inclui Votorantim, Gerdau, Veracel, Ripasa, Suzano, Duratex, Acesita, Stora Enso e Klabin, o ministro avalia que a transferência de ministério reduziria as amarras burocráticas e daria mais visibilidade ao setor.
Rossi argumenta que o planejamento para as florestas plantadas está ligado às metas assumidas pelo governo na convenção do clima em Cancún, no México. A agricultura tem como meta recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas, ampliar em 4 milhões de hectares para a silvicultura e elevar em 3 milhões de hectares a área das florestas plantadas.
As empresas do setor apóiam o deslocamento para o Ministério da Agricultura. Hoje, segundo a Abraf, são necessárias 32 licenças e registros diferentes do plantio ao corte das árvores. O setor diz que o Meio Ambiente tem excessivo enfoque na preservação da Amazônia. “Precisamos mais vibração e menos cobranças do governo”, afirma o diretor-executivo da Abraf, César Augusto dos Reis.
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