300 famílias ocupam mais uma fazenda em SP

Por Vanessa Ramos

Famílias Sem Terra dão continuidade à jornada de ocupação de terras, iniciada nesta semana. O número de famílias acampadas em todo o estado de São Paulo já chega a dois mil. O objetivo é acelerar o processo de Reforma Agrária na região.

Na madrugada de hoje (7/1), cerca de 300 famílias ocuparam uma fazenda no município de Castilho (SP). A ação pretende chamar atenção para a necessidade de assentamento imediato para todas as pessoas acampadas no Brasil, que chegam aproximadamente a 100 mil famílias.

Outras reivindicações também foram feitas, como: desapropriar grandes propriedades que não cumprem sua função social; atualizar os índices de produtividade; estabelecer um tamanho máximo para as propriedades rurais; desapropriar, para fins de Reforma Agrária, as fazendas cujos proprietários estão em débito com a União; e desapropriar fazendas onde tenha sido constatado crime ambiental ou situação de trabalho escravo.

Outras ocupações

Durante a madrugada de ontem (6/1), cerca de 200 Sem Terra ocuparam a Fazenda Bertazzoni, pertencente ao Grupo Bertazzoni, no município de Cafelândia (SP). A ocupação buscou pressionar o Incra a agilizar o processo de desapropriação das fazendas Recreio Gleba I e III , além da Portal do Paraíso, nos municípios de Gália e José Bonifácio (SP). Além disso, eles também reivindicaram a concretização da compra da Fazenda Corredeira, no município de Barbosa (SP), a ser destina à Reforma Agrária.

Na manhã da última terça-feira (4/1), aproximadamente 300 pessoas se concentraram em frente ao Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), em Presidente Prudente. A ação buscou chamar a atenção do governo para que providências sejam tomadas em relação a 93 mil hectares de terras no Pontal do Paranapanema, consideradas devolutas.

Na madrugada de quarta-feira (5/1), outras 250 pessoas ocuparam a Fazenda Martinópolis, que pertence à Usina Nova União, situada no município de Serrana, estado de São Paulo. O intuito foi ressaltar a pauta de reivindicação estadual dos Sem Terra e pressionar o governo para a arrecadação de áreas, a fim de serem destinadas para assentamento das famílias do Acampamento Alexandra Kollontai, que existe desde 22 de maio de 2008.

Na manhã de hoje, policiais armados e acompanhados pelo Batalhão de Choque da PM, além de 50 viaturas, cercaram as famílias. Segundo relatos dos acampados, a ação policial foi realizada com violência e ameaças.

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