CSA será multada novamente

Companhia corre o risco de não obter licença definitiva.

Rio – A Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria da Vale S/A com o grupo alemão Thyssenkrupp, localizada na Região Oeste do município do Rio de Janeiro, será multada mais uma vez por causa de nova emissão, no último fim de semana, de grande quantidade de pó metálico. Segundo denúncias de moradores, a fuligem se espalhou pelo ar e atingiu casas da região.

De acordo com a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, o valor da multa ainda não foi estipulado, mas deve ser agravado por causa da reincidência e chegar a R$ 2 milhões. Em agosto, a companhia já tinha sido multada em R$ 1,8 milhão após problemas com um dos alto-fornos da siderúrgica, que também gerou emissão de fuligem na atmosfera. Ainda segundo Marilene Ramos, a CSA corre o risco de não conseguir a licença de operação definitiva, prevista para sair em fevereiro.

“Desta vez, o problema foi em extensão menor, mas a empresa vai receber nova multa, agravada pela reincidência e pelo fato de não terem nos comunicado imediatamente a existência do problema. A situação foi normalizada na tarde de ontem e resolvido o problema do despejamento de ferro-gusa no poço de emergência, que é o que gera essa chuva de pó prata na comunidade do entorno”, disse. (mais…)

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‘O Globo’ distorce Wikileak para atacar Reforma Agrária

do site do MST

O professor Clifford Andrew Welch, do curso de história da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi citado como fonte das informações de telegramas remetidos por diplomatas estadunidenses no Brasil aos Estados Unidos, divulgados pelo Wikileaks.

O jornal O Globo publicou uma reportagem sobre esses telegramas, no domingo passado (19/12), dando destaque a existência de espiões do MST dentro do Incra e sobre uma suposta prática dos assentados “de alugar a terra de novo ao agronegócio”.

“Nunca falei e jamais falaria algo assim. No primeiro lugar, a palavra ‘espião’ é invenção do Globo, porque não aparece nos relatos diplomáticos disponibilizados pelos jornais”, denuncia Welch. (mais…)

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Manifesto pelos direitos quilombolas

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“Para o Brasil alcançar a modernidade era preciso por fim à escravidão. Era preciso, também, libertar a terra dos antigos proprietários coloniais, de forma racional, entre ex-escravos e imigrantes. A abolição da escravatura eu vivi para ver. A democracia rural não” (André Rebouças, 1895).

“Os desafios de hoje são os desafios de ontem. Porque os de ontem? Porque esses foram o desafio da superação dos navios, da escravidão, do anonimato, do abandono, e etc. Os de hoje não são esses, mas tem a mesma finalidade que é anular qualquer possibilidade de que preto nesse País seja tratado como o restante da população. Quando a grande imprensa, o latifúndio, setores conservadores da sociedade reagem contra essa política nós entendemos que o que está acontecendo hoje é o mesmo que aconteceu ontem, só que por outros meios e outros mecanismos. O que está posto é a certeza de que cada vez mais precisamos estar unidos. É uma luta árdua e, acima de tudo, é uma luta coletiva, pois só assim teremos força para lutar por um direito que nos é tão negado, que é o direito às nossas terras”. (Givânia Maria da Silva – 2008).

A questão quilombola esteve presente, do ponto de vista legal, tanto no regime colonial como no imperial de forma significativa no Brasil. No período republicano, a partir de 1889, o termo “quilombo” desaparece da base legal brasileira, e reaparece na Constituição Federal de 1988, como categoria de acesso a direitos, numa perspectiva de sobrevivência, dando aos quilombos o caráter de “remanescentes”. São, portanto, cem anos transcorridos entre a abolição e a aprovação do Artigo 68, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, cujo conteúdo reconhece os direitos territoriais das comunidades quilombolas. (mais…)

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30 anos de MNU-Movimento Negro Unificado

por Reginaldo Bispo

No rol das muitas comemorações de datas históricas em 2008, destacam-se os 200 anos da chegada da família real portuguesa no Brasil em março; os 120 anos da abolição da escravatura, em maio; e um fato histórico contemporâneo: OS 30 ANOS DA CRIAÇÃO DO MNU, em julho próximo.

NOS 120 ANOS DA ABOLIÇÃO: 30 ANOS DE MNU-MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO

No rol das muitas comemorações de datas históricas em 2008, destacam-se  os 200 anos da chegada da família real portuguesa no Brasil em março; os 120 anos da abolição da escravatura, em maio; e um fato histórico contemporâneo: OS 30 ANOS DA CRIAÇÃO DO MNU, em julho próximo. (mais…)

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Chile: Niños Mapuches siguen siendo acusados de terroristas

La nueva Ley Anti terrorista plantea que para los menores que sean acusados de ese tipo de delitos se aplicarán los procedimientos y las penas de la ley de responsabilidad penal juvenil (1). Sin embargo hay 3 menores presos, L.M.C, C.C.M y J.A.Ñ, a quienes se les siguen aplicando los procedimientos de la LAT. Los 3 cumplieron la mayoría de edad hace poco, pero para los efectos del caso se siguen considerando menores por haberlo sido en la fecha del delito que se les acusa haber cometido, y por lo tanto están recluidos en un centro del Sename.


Por Luis García-Huidobro

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Índios urbanos, o outro lado da aldeia

Entre aldeias e favelas, São Paulo abriga mais de 12 mil indígenas de 20 etnias

Heloisa Bio Ribeiro
de São Paulo (SP)

Com a responsabilidade de zelar pelas máscaras que representam os espíritos indígenas encantados, o líder comunitário Bino Pankararu venceu uma prova de fogo durante o último incêndio que se alastrou pela favela Real Parque, em São Paulo.

Entre o risco de perder os móveis da família ou as máscaras sagradas do ritual do Toré, ele não teve dúvidas e carregou, uma a uma, as pesadas peças da cerimônia para longe do barraco.
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MA: Awá-Guajá saem à procura de …salvação!

 Autor: Foto: Bombieri

“No Maranhão, já tentamos resolver esse problema, mas não adiantou. Por isso viemos a Brasília! Estamos pedindo socorro para que o senhor olhe o nosso documento primeiro!”, pediu Itaxi Awá, ao desembargador do TRF1, Jirair Meguerian.

Os 10 Awá Guajá que foram a Brasília destacaram a importância do rápido julgamento de uma dezena de apelações que atravancam a finalização do processo de demarcação das terras do povo. Esta é uma das 11 apelações, contra a sentença do juiz José Carlos Madeira, em que determinou que a União efetue a demarcação de acordo com os termos da Portaria nº 373/92 e do laudo antropológico elaborado pela perita oficial em antropologia Eliane Cantarino O’Dwyer (Universidade Federal Fluminense), procedendo também a homologação e registro imobiliário da área, que fica nos municípios de Zé Doca e São João do Caru (MA). Meguerian afirmou que deve tomar as medidas cabíveis assim que o MPF fizer suas apreciações. Os Awá ficaram satisfeitos com a visita a Jirair Meguerian.
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Perú: Dirigente indígena denuncia persecución judicial por defender su territorio

Servindi, 26 de diciembre, 2010.- Juana Payaba Cachique, presidenta de la comunidad nativa Tres Islas de Madre de Dios, denunció que sufre persecución judicial y es amenazada de muerte por defender el ecosistema de su territorio ancestral.

La lideresa indígena tiene en su contra siete investigaciones fiscales por los delitos de extorsión, contra el libre tránsito y los medios de transporte.

Las empresas de transportes Mineros SAC y Los Pioneros SCRL son los denunciantes y según la dirigente se encargan de trasladar a los mineros que depredan su territorio y a personas de malvivir. (mais…)

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Deserto verde

Deserto verde
O mesmo agrotóxico que mata os peixes deixa Ronaldo Prado sem forças até para caminhar (Foto: Luiz Nogueira)

Anos depois de chegar ao interior paulista, um poderoso herbicida une-se à monocultura e ao eucalipto, prejudicando a saúde, a economia e a cultura da população

Por: João Peres, Rede Brasil Atual

Eucalipto, monocultura e agrotóxicos. Uma combinação tira o sono – e a saúde – de centenas de famílias em todo o Brasil. O Vale do Paraíba, em São Paulo, região outrora celeiro agrícola, concentra algumas dessas histórias.

José Augusto Ramalho de Matos tira o boné e aponta para o alto da cabeça, na vã tentativa de mostrar a “mancha preta” que está em seu cérebro. Aos 50 anos, Mineiro, como é conhecido, está há cinco aposentado por invalidez e enumera a finalidade dos diversos remédios que toma todos os dias: controle de pressão, problemas cardíacos, dificuldade para dormir. Benedita de Morais Oliveira, 68, lamenta a todo instante o problema que teve há cinco anos. “Um dia, fiz o almoço cedo, comi e tomei uma caneca de água. Quando acabei de engolir, senti como se tivesse levado um soco na cabeça e caí. Pensei que fosse morrer”, conta dona Dita. (mais…)

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O entorno da reserva extrativista da Chapada Limpa

Mayron Régis

Ao se aproximarem, sobrevivia uma impressão de que tudo parara em cima da Chapada. O senhor Manoel do Baturité, do assentamento Baturité e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Chapadinha, Baixo Parnaiba maranhense, prontamente desfez essa impressão. A visão do homem esbarra em vários bacurizeiros – abraçados com centenas de bacuris ou apenas acobertando o solo da Chapada com seus troncos, suas raízes e com suas folhas que descem aos borbotões quando o inverno desaba.

O Nambum-Perdiz, espécie ameaçada de extinção, gorjeava em algum ponto da Chapada. O senhor Manoel soltou vários comentários sobre essa espécie de ave: que ela é difícil de caçar, que quando se queima a Chapada ela se aquieta para que ninguém a veja e que ela come cupim.

Nessa parte da Chapada, entre os municípios de Chapadinha e Afonso Cunha, as comunidades da Vila Borges, do Veredão e do Guarimã, nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, priorizam a coleta dos bacuris caídos a partir das primeiras grandes chuvas. As comunidades do Caboclo e da Santa Fé desvelavam os bacuris do final da Chapada e ali se apanhava muitos bacuris em todas as safras. (mais…)

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