Ex-prefeito, irmão e outros dois serão julgados pela Chacina de Unaí, quase 12 anos depois

Os irmãos Antério e Norberto Mânica, e os cerealistas Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro irão à júri popular na Justiça Federal em BH nos dias 22 e 27 de outubro

Por José Vítor Camilo, em O Tempo

A pouco mais de três meses de completarem 12 anos da Chacina de Unaí, acontecerá nos próximos dias 22 e 27 de outubro, na sede da Justiça Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, o julgamento dos irmãos Antério e Norberto Mânica e de outros dois réus do caso, ocorrido em 2004 na cidade do Noroeste mineiro. Eles são acusados de envolvimento na morte de três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego, assassinados ao fiscalizarem denúncias de trabalho escravo no município. (mais…)

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Na retomada do território tradicional, as famílias do Quilombo de Praia, em Matias Cardoso, se organizam e resistem

Na retomada do território tradicional,  as famílias do Quilombo de Praia, em Matias Cardoso, norte de Minas, sustentam a luta na  teimosia e na esperança de viver  livres e felizes na terra prometida por Deus aos seus descendentes

Por Zilah de Mattos , Comissão Pastoral da Terra, Sub-Região Norte

“Eu darei esta terra à sua descendência”

As  famílias quilombolas oriundas das comunidades da Vereda, Canabrava, Porto de Matias, Praia e Ilha da Curimatã, do quilombo de Praia, município de Matias Cardoso, Norte de Minas, que retomaram seu Território Tradicional em 5 de julho de 2015, vêm se organizando e resistindo às constantes  ameaças e intimidações. (mais…)

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Assassinato revela a violência da especulação imobiliária perto de Manaus

No Blog do Sakamoto

A construção da Ponte Rio Negro, que liga a pequena Iranduba à capital amazonense, levou a especulação imobiliária para uma Área de Proteção Ambiental e, com ela, a violência. Maria das Dores Priante, líder de uma associação de moradores local, que denunciava o comércio ilegal de lotes, avisou que morreria e pediu uma proteção que nunca veio. Então, foi sequestrada, torturada e assassinada com 12 tiros. Vale a pena conhecer a história retratada por Igor Ojeda, enviado pela Repórter Brasil, que visitou as comunidades atingidas. Pois o que acontece em Iranduba se repete em outros lugares do país. Talvez aí mesmo, neste momento, do lado de sua casa. (mais…)

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Los asesinados son los culpables

Por Luis Miguel Modino, em Periodista Digital

Las relaciones entre el gobierno brasileño y los pueblos indígenas del gigante sudamericano se están volviendo cada vez más complicadas y la solución se ve cada vez más lejana. En este conflicto, la Iglesia Católica, a través del CIMI (Consejo Indigenista Misionero, por sus siglas en portugués), junto con otras Iglesias e entidades religiosas y civiles, han tomado partido por los más débiles.

Durante esta semana se han llevado a cabo diversos actos en los que se ha puesto de manifiesto las tropelías llevadas a cabo por el Gobierno Federal y de algunos estados, especial Mato Grosso do Sul, donde el acoso contra los Guaraní-Kaiowá sólo va en aumento y se ha abierto, por parte del parlamento de este estado, una Comisión Parlamentaria de Investigación (CPI) contra el CIMI. (mais…)

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BA – Moção de repúdio à criação da CPI contra o Cimi e apoio à abertura da CPI do Genocídio

Os mais de 300 representantes dos povos indígenas da Bahia, reunidos no período de 06 a 08 de outubro de 2015, em Salvador, por ocasião da realização da Conferência Nacional de Politica Indigenista – Etapa Regional Bahia, aprovaram uma Moção de repúdio e indignação conta a tentativa de criminalização do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, entidade vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. Tentativa esta de criminalizar e difamar esta importante Entidade realizada pela Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul.

A referida CPI do Cimi foi solicitada e será presidida pela deputada do PT do B Mara Caseiro e terá como vice–presidente o deputado do PMDB, Marquinhos Trad, e como relator da CPI o deputado do PR, Paulo Correa. Juntos, os parlamentares receberam R$ 2.454.542,06 milhões em doações. Desse total, o relator da ‘CPI do Cimi’, deputado Paulo Corrêa, declarou ao TSE o montante de R$ 769.515, 50 – as construtoras UTC, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa financiaram, aproximadamente, 40% da campanha declarada pelo parlamentar ao TSE. O restante partiu de empresas ligadas à cadeia do agronegócio e demais doadores. Vale lembrar que todas estas empresas estão envolvidas no escândalo conhecido como “lava jato”. (mais…)

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Omissão assassina no Mato Grosso do Sul

O governo e a Justiça têm culpa no conflito sangrento entre índios e fazendeiros

Por Rodrigo Martins, de Dourados (MS), no CartaCapital

As margens da Rodovia MS-384, entre as cidades de Antônio João e Bela Vista, um bloqueio militar obriga todos os veículos a parar. Com fuzis a tiracolo, os soldados solicitam os documentos dos ocupantes do carro, revistam o porta-malas, tiram fotografias e registram as informações em uma planilha. O minucioso procedimento parece parte de uma operação de combate ao narcotráfico ou ao contrabando, problemas comuns nessa região de Mato Grosso do Sul, próxima à fronteira com o Paraguai. Mas o engano não tarda a ser desfeito. Os homens do Exército vigiavam, na realidade, a via de acesso a três fazendas ocupadas por índios da etnia Guarani-kaiowá no fim de agosto. (mais…)

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Indígenas denunciam na Câmara violências que sofrem em Mato Grosso do Sul

Por Marieta Cazarré, Repórter da Agência Brasil

“Nossas terras não são as reservas indígenas. Nós fomos expulsos da nossa terra. Estas reservas foram criadas pelo extinto Serviço de Proteção ao Índio, que não era serviço de proteção ao índio. Para nós, estas são áreas de confinamento mesmo, onde somos subjugados, onde não temos autonomia. Hoje convivemos com violência, intimidações, perseguições, assassinatos, comandados pelos latifundiários de Mato Grosso do Sul. Venho trazer esse choro, esse grito de socorro, nós não aguentamos mais”.

A denúncia e o apelo foram feitos por Valdelice Veron, liderança indígena Guarani Kaiowá, hoje (7), na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, na audiência pública que discutiu os conflitos entre indígenas e proprietários de terras em Mato Grosso do Sul. (mais…)

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Requerimento pedindo a instalação da CPI do Genocídio é protocolado na mesa diretora da Assembleia Legislativa do MS

No Cimi

A mesa diretora da Assembleia Legislativa do Mato Grosso do Sul recebeu no início da tarde desta quarta-feira, 7, requerimento pedindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os assassinatos e os diversos tipos de violências cometidas contra os povos indígenas no estado. A chamada CPI do Genocídio tornou-se um clamor popular país afora, não apenas na sociedade sul-mato-grossense, mas sobretudo entre os povos indígenas, com destaque aos Guarani Kaiowá e Terena. Durante essa semana, mobilizações pela CPI do Genocídio acontecem em Brasília e no Mato Grosso do Sul.   (mais…)

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Situação dos Guarani Kaiowa e Ñandéva no Mato Grosso do Sul: Ação imediata ou genocídio consentido pelo Estado Brasileiro

Nota da ABA

Diante da sequência de ações de grupos armados contra comunidades Guarani Kaiowa e Guarani Ñandéva ao longo dos últimos trinta dias no Mato Grosso do Sul, que resultaram em mortes, ferimentos e traumas que serão carregados para o resto das vidas de quem as presenciou, ou o Estado brasileiro toma uma posição clara e implementa as medidas necessárias e urgentes que dele se espera, garantindo a efetivação dos direitos deste povo indígena na região, como assegurado na Constituição Federal de 1988 e na normativa internacional, ou sua omissão poderá ficar nos registros da história indígena e do indigenismo brasileiro, naquela região, como de clara conivência com algo que aparenta ser uma ação de extermínio planejado de um povo indígena, em pleno século XXI. (mais…)

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CPI do Genocídio Indígena, por Egon Heck

por  Egon Heck, no Cimi

As oligarquias coloniais e atuais, o latifúndio e, mais recentemente, o agronegócio nunca admitiram que os povos indígenas fossem sujeitos de direitos coletivos, principalmente de seus territórios. Pelo contrário, combateram sistematicamente esses direitos, com armas e leis. Para muitos, “índio bom é índio morto”. Mobilizaram o Estado e as milícias privadas, os jagunços e os bugreiros, no intuito de exterminar, física e culturalmente, a maior parte dos quase mil povos indígenas que viviam no atual território brasileiro. Agem orquestrada e sorrateiramente, como revelam as investigações do Ministério Público Federal (MPF), divulgadas em agosto de 2014, que denunciam a participação de um advogado da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) na elaboração do relatório da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215. (mais…)

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