Comitê Popular Lança Último Dossiê Pré-Olimpíadas Sobre Violações de Direitos Humanos Frente aos “Jogos da Exclusão”

Cerianne Robertson – RioOnWatch

“Só não é best-seller porque não está à venda”. Um dia antes do lançamento oficial na terça-feira, 8 de dezembro, a página do Facebook do Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, orgulhosamente, postou uma imagem do seu dossiê–com pesquisas meticulosas–de 190 páginas sobre os megaeventos e as violações de direitos humanos no Rio. A quarta edição da série, ele também é o primeiro dossiê desde a Copa do Mundo de 2014. Essa nova publicação de novembro de 2015 se diferencia das versões anteriores por seu foco intensificado nas Olimpíadas de 2016. Este é o primeiro dossiê com um título único–“Olimpíada Rio 2016, os jogos da exclusão“–e o primeiro a ser publicado em português e inglês. (mais…)

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Introduzindo ‘Choque na Raiz’, Termo Psiquiátrico para o Impacto da Remoção Urbana

O que o Rio pode aprender com a Remoção Negra dos EUA no século XX

David Robertson – Rio On Watch

Na área da psiquiatria, nunca houve uma palavra que formalmente diagnosticasse a dor e o trauma que resultam ao ser removido de um lar. Em seu livro, Root Shock: How Tearing Up City Neighborhoods Hurts America, and What We Can Do About It (Choque na Raiz: Como o Rompimento de Comunidades Urbanas Fere a América, e o Que Podemos Fazer a Respeito) a psiquiatra e pesquisadora Dra. Mindy Fullilove dá um nome para esse fenômeno: root shock (choque na raiz). (mais…)

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Bairro Caju foi excluído de plano de habitação de interesse social do Porto do Rio

Aercio de Oliveira, coordenador da FASE no Rio de Janeiro, analisa plano de habitação social para a zona portuária e critica a lógica empregada no chamado Porto Maravilha. Entre outros pontos, analisa os motivos da exclusão do bairro Caju das obras urbanas da região

Na Fase

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), lançou nesta quinta-feira (1º) o Plano de Habitação de Interesse Social do Porto. Em suas propagandas sobre a “cidade olímpica”, a prefeitura carioca fala de um município que “se transforma a cada dia” e não “para de avançar”. Entre tantas áreas em obras, a zona portuária está entre as mais visadas por grandes empreendimentos imobiliários e industriais. Mas toda essa transformação do chamado Porto Maravilha veio acompanhada de violações de direitos humanos, inclusive do direito à moradia. (mais…)

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Resumo—A Um Ano para o Início das Olimpíadas—Remoções, Gentrificação, Segurança Pública e Meio Ambiente

Nicole Froio – Rio On Watch

Desde que venceu a candidatura olímpica em 2009 e sediou a Copa do Mundo de 2014, a cidade do Rio de Janeiro passou por imensas transformações urbanas que vêm interrompendo e mudando a vida de milhões de seus moradores. Faltando um ano para o início dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, o RioOnWatch oferece este resumo sobre o que você precisa saber sobre os preparativos para o evento global e como isso afetou moradores de todo o Rio de Janeiro. (mais…)

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Otimismo, desilusão e desespero: moradores de favelas e ativistas debatem a pacificação

Líderes comunitários e o público em geral se reuniram no dia 16 de abril para discutir as UPPs nas favelas do Rio

Sarah Jacobs – Rio On Watch

O evento foi organizado pelo portal de notícias Viva Favela (um programa da ONG Viva Rio) como o primeiro de uma série de debates acerca das questões que afetam atualmente as favelas do Rio. (mais…)

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Megaeventos aceleram processo de gentrificação no Rio de Janeiro

Pelo menos mil famílias de 24 comunidades cariocas foram removidas para dar lugar às obras de preparação da cidade do Rio para receber grandes eventos.

Paulo Vasconcellos, Carta Maior

As remoções marcam a vida de Altair Antunes, de 60 anos. Na primeira vez, ele tinha apenas 14. A favela em que morava na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona nobre do Rio de Janeiro em acelerado processo de valorização imobiliária na década de 70, foi acusada de dano ambiental por causa da mortandade cíclica de peixes da lagoa e acabou expulsa de um dos cartões-postais da cidade para a até então inabitada zona oeste. Vinte anos depois teve que sair da Favela Cidade de Deus porque era preciso abrir passagem à Linha Amarela, via expressa que liga a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional do Galão. Agora, corre o risco de ter que mudar mais uma vez. (mais…)

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Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) Parte 3: 2012

Essa é a terceira parte de uma série de cinco matérias que documenta a história e a sequência das Unidades de Polícia Pacificadora. Clique para Parte 1 e Parte 2

Patrick Ashcroft – Rio On Watch

Frederico Caldas, chefe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), admitiu em uma entrevista para a BBC Brasil que a próxima fase da UPP seria uma reação improvisada aos ataques à polícia em 2010. O Complexo do Alemão, conglomerado de favelas considerado uma das partes mais perigosas da cidade, foi alvejado pelos formuladores de políticas públicas na tentativa de atingir o coração do tráfico de drogas. Em novembro de 2011, 2700 oficiais de polícia de várias unidades se deslocaram para as favelas em uma megaoperação criada para limpar o caminho para a implementação das UPPs. Ao todo, 8 unidades foram acrescentadas ao Alemão e ao bairro vizinho, Penha, ambos na Zona Norte, entre abril e agosto de 2012. A pacificação do Alemão, inicialmente, fez muito pela reputação das UPPs. Ela marcou o momento em que a sociedade começou a acreditar no programa e no comprometimento do governo. A imagem dos traficantes de drogas fugindo desesperadamente da ocupação da polícia reforçou a ideia de que o jogo poderia estar virando. (mais…)

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