Projeto de linha de transmissão de energia afeta importante nascente, na Bahia

O projeto da ATE XVI Transmissora, empresa da Abengoa, que atravessa os estados do Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia, vem provocando desassossego e sérias preocupações que têm deixado em estado de alerta a comunidade de Brejo do Tanque, localizada a 22 quilômetros do município de Igaporã, na Bahia.

CPT Bahia

A empresa está nas obras que incluem a construção de duas subestações (SEs Gibués II e Barreiras II), bem como a ampliação de outras quatro (SEs Miracema, Bom Jesus da Lapa II, Ibicoara e Sapeaçu), todos os pontos de conexão do traçado, que será composto por seis pequenas linhas de transmissão (LTs 500 kV Miracema – Gilbués II C1 e C2; Miracema – Gilbués II C2; Gilbués II – Barreiras II; Barreiras II – Bom Jesus da Lapa II; Bom Jesus da Lapa II – Ibicoara C2; Ibicoara – Sapeaçu C2). (mais…)

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Carta de Montes Claros

Em PRMG

Nós, participantes do Seminário sobre o reconhecimento dos direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais do Médio São Francisco, reunidos em Montes Claros/MG, nos dias 1 e 2 de julho de 2015, diante da histórica violação de direitos fundamentais das populações ribeirinhas do Rio São Francisco, da ausência do Estado brasileiro na garantia desses direitos e da crise ambiental hídrica que atravessa o rio e os habitantes de sua bacia, avaliamos que a base para o reconhecimento e a efetivação dos direitos fundamentais dessas populações e para a recuperação ambiental do Rio São Francisco, passam pela regularização dos territórios dos povos e comunidades tradicionais ribeirinhas – em especial vazanteiros, quilombolas, veredeiros, geraizeiros, pescadores e indígenas –, pelo manejo ambiental comunitário, pela garantia de acesso a políticas públicas específicas e geração de renda segundo as práticas culturais dessas comunidades. (mais…)

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Seca do Rio Gorutuba leva ribeirinhos a se armar contra captações clandestinas

Barrado para sustentar projeto de irrigação e garantir que corra o ano todo por 70km, rio seca antes de chegar à foz por causa da retirada irregular de água

Luiz Ribeiro – Enviado especial – Estado de Minas

Janaúba e Nova Porteirinha Comunidades inteiras passando sede, enquanto a água corre farta para irrigar culturas de banana e até pastos. A realidade é ligada pelo leito de um mesmo rio – em uma região tradicionalmente castigada pela seca, o Norte de Minas –, ao longo do qual pequenos produtores já se armaram de foices, facões e enxadas para arrebentar à força captações que irrigam o agronegócio. O foco de tensão é verificado no Rio Gorutuba, onde foi construída a Barragem do Bico da Pedra. Além de abastecer o projeto de irrigação do Gorutuba e duas cidades (Janaúba e Nova Porteirinha), a estrutura libera água que deveria servir para a perenização do manancial e para o atendimento aos moradores ribeirinhos até a foz, no Rio Verde Grande, ao longo de 70 quilômetros. (mais…)

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Quilombolas da Praia retomam território tradicional em Matias Cardoso – Norte de Minas Gerais

Na madrugada do dia 05 de Julho de 2015, 165 famílias da Comunidade Quilombola de Praia, oriundas das localidades de Canabrava, Vereda, Porto de Manga, Ilha da Curimatã e Praia, Município de Matias Cardoso – MG, retomaram seu território Tradicional. Foi retomada a Fazenda Vila Bella que tinha sido arrendada pelos Diários Associados de Minas Gerais ao fazendeiro de Manga, Sr João Evangelista Dourado conhecido na região pela alcunha de João Preto. (mais…)

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Poços clandestinos sugam água do subsolo, comprometem abastecimento e elevam risco de contaminação

Pequenos produtores culpam agronegócio pela extração volumosa de águas de aquífero em Araguari, no Triângulo Mineiro, onde poços clandestinos já comprometem córregos e geram risco de contaminação por agrotóxicos

Mateus Parreiras – Estado de Minas

Araguari – Perfurações que penetraram 200 metros no subterrâneo encontraram apenas argila seca. Aflitas por uma fonte de água para sobreviver, 44 famílias insistiram o quanto puderam. Em Araguari, no Triângulo Mineiro, dos 10 poços escavados no solo das roças do Bom Jardim, dois verteram o líquido de um lençol profundo. O que pareceu por um tempo alívio, porém, voltou a ser angústia: “Há 5 anos, conseguimos tirar 3 mil litros por hora de cada poço. Agora, não temos 500 litros. Isso dá para uma família beber, mas não enche cocho de gado nem irriga horta”, lamenta o sindicalista Alcides Lima de Souza, de 53 anos, que culpa as extrações volumosas do agronegócio pelo rebaixamento do nível da água. A segunda reportagem da série do Estado de Minas sobre a guerra da água mostra como os aquíferos estão sendo sugados indiscriminadamente e como fazendeiros estão entrando em confronto por causa do desvio de água. (mais…)

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Disputa por recursos hídricos brota em solos de Minas

Estado já tem 57 focos de tensão oficialmente delimitados, em que briga por recursos hídricos soma 19 mil quilômetros quadrados. É quase um Sergipe, onde as batalhas por água envolvem sabotagens, ameaças e agressões, resultando em 150 ocorrências policiais desde 2014

Por Mateus Parreiras (enviado especial), no EM

Caeté, Capim Branco, Sete Lagoas, Pará de Minas e Araguar – Ao longo de corredeiras, curvas e remansos, cada litro de água é disputado com truculência. Fazendeiros, mineradores, consumidores comuns e agentes de serviços de abastecimento público batalham para garantir que sua porção seja sugada, nem que para isso recorram à polícia ou a meios menos convencionais – sabotagem, pressão, ameaças, agressões, barricadas e bloqueio de rodovias. (mais…)

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Vale: o paradoxo da destruição

Para a empresa privatizada pelo tucanato, o que vale é o minério a ser extraído: dane-se a água, o ar, o solo e as sociedades locais.

Najar Tubino, Carta Maior

A empresa está entre as maiores mineradoras do mundo, é a número um na extração de ferro, nas manufaturas chamadas pelotas e em níquel. Em 2014, teve receita líquida de US$37,5 bilhões, pagou US$4,2 bilhões em dividendos, contabilizou oito mortes por acidentes de trabalho e recebeu 3.096 reclamações e demandas das comunidades, a maioria em Minas Gerais e Pará, embora atue em 30 países. No Relatório de Sustentabilidade 2014 da empresa também constam 44 casos de conflitos pelo uso da terra, com 33 ocupações “indevidas” e remoções de 8.406 famílias em Moçambique e Malauí, para construção do Corredor de Nacala, cujo objetivo é transportar carvão mineral da mina de Moatize para o porto via ferroviária. Com 73 anos de operação, 18 deles como empresa privada, negociada por US$3,4 bilhões em 1997, certamente a maior barbada que o mercado mundial conheceu no século XX – uma das grandes obras do tucanato brasileiro – criou uma ouvidoria há um ano. (mais…)

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MPF/MS: Prefeitura de Corumbá é obrigada a fornecer água potável a moradores do Taquari

Liminar da Justiça acata entendimento do MPF e reconhece condição desumana e degradante das comunidades

MPF/MS

O Ministério Público Federal (MPF) em Corumbá, Mato Grosso do Sul, obteve liminar na Justiça que obriga a Prefeitura de Corumbá a fornecer 15 litros de água potável por dia a cada morador das comunidades tradicionais do Limãozinho, Cedrinho e Corixão, na região do Taquari, Pantanal de MS. A decisão integra rol de ações do MPF que busca assegurar direitos fundamentais aos moradores da região. (mais…)

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E a comunidade estava certa!

Decisão da Justiça determina a realização de audiências públicas para o plano diretor de Florianópolis e nova votação

Por Elaine Tavares, em Palavras Insurgentes

No último dia 05 de março, saiu a sentença, assinada pelo juiz federal, Marcelo Krás Borges, sobre a ação civil pública do Ministério Público Federal contra a prefeitura de Florianópolis, sobre o Plano Diretor da cidade, que foi votado no apagar das luzes de 2014, de forma polêmica e irregular. Tudo o que fora denunciado pelas entidades e pela comunidade que se mobilizou em protestos foi respaldado pelo juiz. O plano terá de passar pelas audiências públicas, com consequente nova votação na Câmara. É uma grande vitória das gentes de Florianópolis, afinal, não é todo o dia que o judiciário rima com Justiça.  (mais…)

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Vídeo “Abacatal no caminho das pedras: a luta pela Justiça Ambiental”

FASE – Solidariedade e Educação

O vídeo “Abacatal no caminho das Pedras: a luta pela Justiça Ambiental” foi produzido por jovens participantes do Programa de Formação “Juventude Direito à Cidade e Justiça Ambiental”, da FASE na Amazônia. Lançado em junho de 2015, a produção retrata o racismo ambiental sofrido pela comunidade quilombola de Abacatal, em Ananindeua, na região metropolitana da capital paraense, Belém. (mais…)

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