A motorista bêbada que matou duas pessoas e a cela especial no Brasil, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

Causou comoção nas redes sociais o assassinato de dois trabalhadores que pintavam sinalização para ciclofaixa, em uma avenida da Zona Norte da capital paulista, atropelados por uma motorista na madrugada deste domingo.

Uso “assassinato” porque não imagino outro termo para o atropelamento seguido de morte por alguém que, de acordo com o teste do bafômetro, dirigia embriagada. (mais…)

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Taxa de homicídios de mulheres negras é mais que o dobro da de mulheres brancas

Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil

A taxa de mulheres negras vítimas de homicídios no país é mais que o dobro da de mulheres brancas. Para cada 100 mil habitantes, o número é de 7,2 e 3,2 respectivamente. Os dados estão no Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado ontem (15) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.

O documento foi elaborado para subsidiar políticas públicas de combate à violência em conjunto com os estados e municípios como parte de um pacto para reduzir as mortes violentas em 81 localidades que concentram cerca de 50% do total de homicídios dolosos registrados no Brasil. (mais…)

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1% da população mundial concentra metade de toda a riqueza do planeta

Desigualdade aumentou desde da crise de 2008 e chega ao ápice em 2015.

2015 será lembrado como o primeiro ano da série histórica no qual a riqueza de 1% da população mundial alcançou a metade do valor total de ativos. Em outras palavras: 1% da população mundial, aqueles que têm um patrimônio avaliado em 760.000 dólares (2,96 milhões de reais), possuem tanto dinheiro líquido e investido quanto o 99% restante da população mundial.

A reportagem é de Ignacio Fariza e publicada por El País / IHU On-Line

Essa enorme disparidade entre privilegiados e o resto da Humanidade, longe de diminuir, continua aumentando desde o início da Grande Recessão, em 2008. A estatística do Credit Suisse, uma das mais confiáveis, deixa somente uma leitura possível: os ricos sairão da crise sendo mais ricos, tanto em termos absolutos como relativos, e os pobres, relativamente mais pobres. (mais…)

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Crises e um desenvolvimentismo que não faz jus ao nome: os impasses brasileiros. Entrevista especial com Alexandre de Freitas Barbosa

“A Dilma é desenvolvimentista porque ela é contra a demarcação de terras indígenas ou porque constrói Belo Monte?”, pergunta o economista

Por Patricia Fachin – IHU On-Line

“Não queria falar sobre economia; estou desestimulado com o modo como vem sendo realizado o debate no país”, justificou o economista Alexandre Freitas Barbosa, antes de iniciar a entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line pessoalmente, quando esteve no Instituto Humanitas Unisinos – IHU, participando do Ciclo de Estudos O Capital no Século XXI – uma discussão sobre a desigualdade no Brasil. (mais…)

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Desigualdade ao acesso a saúde e suas implicações políticas no Rio de Janeiro

Martin Bortz – Rio On Watch

O Rio de Janeiro é conhecido como um lugar desigual. Resultado da desigualdade histórica e conceitos de planejamento urbano que surgiram no início do século 20, a segregação socioeconômica da cidade é altamente conduzida pela renda e status, que vão declinando dos bairros de classe alta na Zona Sul em direção ao Centro, até os subúrbios da Zona Norte e da Zona Oeste. Padrões de desigualdade são também caracterizados por um mosaico urbano, onde favelas e outras formas de moradia informal estão localizadas próximas a bairros de classe alta. Muitos aspectos destas desigualdades espaciais em áreas urbanas causam impactos diretos na vida diária dos moradores do Rio de Janeiro. (mais…)

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O problema olímpico da desigualdade do Rio

Os mais necessitados de serviços básicos estão longe de ser contemplados pelos maiores investimentos em infraestrutura que estão acontecendo na preparação para os Jogos de 2016

Matthew Niederhauser* – Rio On Watch

Thomas Bach, atual presidente do Comitê Olímpico Internacional, organizou uma pequena reunião no dia 5 de agosto na Cidade das Artes, localizada na Barra da Tijuca, para marcar a contagem regressiva de um ano para a abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro. (mais…)

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Contra ajuste, economistas querem emprego e renda no centro da política econômica

Documento defende que combate às desigualdades volte à agenda do governo, com mudanças nos juros, controle da inflação, atuação do BC e em um debate que não seja refém do ‘terrorismo de mercado’

Por Helder Lima
Da RBA / MST

Contra a “ditadura do pensamento único” de que somente o ajuste fiscal capitaneado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pode apontar saídas para a recessão do país, foi lançado na tarde dessa segunda-feira, em São Paulo, o documento “Por um Brasil Justo e Democrático”, que se propõe a ampliar o debate sobre os rumos do país, e apresenta alternativas de política econômica para a retomada do crescimento. (mais…)

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Gênero e sexualidade como armas de guerra

Desafiemos o patriarcalismo e a heteronormatividade. Mas saibamos evitar que, em certas condições, tal desafio seja instrumentalizado, para legitimar outras formas de opressão

Por Berenice Bento – Outras Palavras


Texto lido na mesa redonda ‘Sexualidade e Gênero’ do I SeminárioQueer – Cultura e Subversão das Identidades, realizado pelo Sesc Vila Mariana e Revista Cult em 9 e 10 de setembro (mais…)

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Boaventura: Para ler em 2050

“Por isso, aconteceu o que aconteceu. O quão terrível foi está inscrito no modo como tentamos curar as feridas da carne e do espirito ao mesmo tempo que reinventamos uma e outro”

Por Boaventura de Sousa Santos – Outras Palavras

Quando um dia se puder caracterizar a época em que vivemos, o espanto maior será que se viveu tudo sem antes nem depois, substituindo a causalidade pela simultaneidade, a história pela notícia, a memória pelo silêncio, o futuro pelo passado, o problema pela solução. Assim, as atrocidades puderam ser atribuídas às vítimas, os agressores foram condecorados pela sua coragem na luta contra as agressões, os ladrões foram juízes, os grandes decisores políticos puderam ter uma qualidade moral minúscula quando comparada com a enormidade das consequências das suas decisões. Foi uma época de excessos vividos como carências; a velocidade foi sempre menor do que devia ser; a destruição foi sempre justificada pela urgência em construir. O ouro foi o fundamento de tudo, mas estava fundado numa nuvem. Todos foram empreendedores até prova em contrário, mas a prova em contrário foi proibida pelas provas a favor. Houve inadaptados, mas a inadaptação mal se distinguia da adaptação, tantos foram os campos de concentração da heterodoxia dispersos pela cidade, pelos bares, pelas discotecas, pela droga, pelo facebook. (mais…)

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