Uma manifestação na COP21 em Paris esta semana pediu a defesa dos índios isolados Kawahiva, cujo território em Mato Grosso está sendo destruído ilegalmente.
O ato coincide com a visita do Sr. Pedro Taques, Governador de Mato Grosso, a Paris para a conferência global do clima.
Apoiadores da Survival International, o movimento global pelos direitos dos povos indígenas, protestaram na COP e geraram apoio para a campanha global para salvar os Kawahiva.
Os Kawahiva são uma pequena tribo de caçadores-coletores isolados. São um dos povos mais vulneráveis do planeta. Sua floresta está sendo invadida por madeireiros, garimpeiros e fazendeiros – em uma região do Mato Grosso conhecida pela violência, desenfreada extração ilegal de madeira e grilagem de terras.
Um vídeo com cenas inéditas dos Kawahiva – filmadas por sertanistas da FUNAI durante um raro encontro com a tribo – mostra um grupo de Kawahiva na floresta, na qual eles são forçados a viver em fuga dos invasores.
Sua terra, conhecido como Território Indígena Kawahiva do Rio Pardo, está localizada numa das partes mais violentas da Amazônia. Este ano, Mato Grosso teve uma das maiores altas na taxa de desmatamento registradas na Amazônia brasileira – 40%.
Em Paris, o Governador assinou um compromisso para zero desmatamento ilegal até 2020, e procurou bilhões de reais de fundos internacionais.
Os Kawahiva dependem completamente de sua terra para sobreviver, e enfrentam a extinção se sua floresta amazônica não for protegida.
De acordo com a constituição brasileira, as terras dos Kawahiva deveriam ter sido demarcadas e protegidas como território indígena. O decreto autorizando isto está na mesa do Ministro da Justiça desde 2013, mas ainda não foi assinado.
A campanha global pede que o Ministro assine o decreto de demarcação com extrema urgência, para garantir que os Kawahiva possam sobreviver.
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