Ocupações nas escolas: Quando o povo é cão de guarda da opressão, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Deve ser um tanto quanto desesperador para alguém que acredita no discurso que é só obedecer às regras e às autoridades para a vida dar certo ver a insatisfação e a mobilização obterem resultados. Afinal de contas, essa pessoa fez sempre tudo o que lhe mandaram fazer: não reclamar, não atrapalhar, não questionar leis, regras e tradições, não sair da linha. E a vida não melhorou, pelo contrário.

Daí aparece uma molecada maluca que resolve dizer “não” para o que foi decidido em nome deles – fechamento de escolas e realocação forçada de alunos – e ocupam unidades de ensino e fecham vias públicas até o governo estadual resolver voltar atrás. Chantagem da grossa, dizem uns. Democracia, retruca a História. (mais…)

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Guiné-Bissau: A colónia onde todas as Fatumata tinham de se chamar Maria

Havia um sino que mandava os negros sair do centro da cidade, e até bem tarde dominou o trabalho forçado. A Guiné-Bissau, onde os cabo-verdianos eram usados como capatazes, foi o primeiro país africano a libertar-se de Portugal.

Por Joana Gorjão Henriques (texto, em Bissau, Bafatá e Cacheu), Adriano Miranda (fotos) e Frederico Batista (vídeo), em Publico

À beira da estrada os vendedores ocupam os passeios com panos, tachos e panelas feitos com restos de latas de refrigerantes, comida, chinelos, ténis, roupa, aparelhos electrónicos. Setembro já não é o mês pior das chuvas, mas o céu ainda está cinzento e carregado quando atravessamos de carro a zona da Chapa de Bissau. Há gente e gente na rua, mulheres a caminhar com quilos de fruta ou frutos secos na cabeça, muitos carros a circular por uma terra laranja-forte. (mais…)

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10 de dezembro: “70 anos da Morte de Curt Nimuendajú”

O Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), em parceria com a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), promoverá, no dia 10 de dezembro, às 14h, o evento “70 anos da Morte de Curt Nimuendajú”, etnólogo teuto-brasileiro, que realizou trabalhos antropológicos pela Amazônia Ocidental, mais especificamente no Noroeste da Amazônia, nos Rios Negro e Solimões e seus afluentes; viveu e pesquisou entre mais de 50 povos indígenas do Brasil.

Sua contribuição etnológica e indigenista será destacada na palestra do Prof. Renato Athias, do Departamento de Antropologia e Museologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), bem como focalizada a relação entre o etnógrafo e os índios Ticunas através de comunicação apresentada pelo Prof. João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional/UFRJ. A mesa-redonda será mediada pela antropóloga e pesquisadora em história da ciência do MAST, Priscila Faulhaber. (mais…)

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Quilombo do Cafundó recebe posse de seu território

Repórter Brasil

A 150km da capital paulista, na área rural do município de Salto de Pirapora (SP), a comunidade quilombola do Cafundó recebeu do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) documento que garante a posse do terreno pelos seus moradores.

O quilombo do Cafundó surgiu em 1866, um fazendeiro libertou 15 escravos e deu a eles parte das terras, 22 anos da assinatura da Lei Áurea.  Além da língua africana, a comunidade preserva tradições como o artesanato. (mais…)

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Documentário faz viagem afetiva pelo Rio São Francisco

‘5 X Chico – O Velho e Sua Gente’, de Gustavo Spolidoro, Ana Rieper, Camilo Cavalcante, Eduardo Goldenstein e Eduardo Nunes, retrata a fé, as tradições, lendas e a vida dos ribeirinhos

Por Xandra Stefanel, especial para RBA

“Gostaria de ser um crocodilo vivendo no Rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros como o sofrimento dos homens”, escreveu Guimarães Rosa no clássico Grande Sertão – Veredas. A citação abre o documentário 5 X Chico – O Velho e Sua Gente, que estreia em circuito nacional hoje (3). (mais…)

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MPF vai investigar possível tentativa de envenenamento de crianças indígenas em Mato Grosso

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para apurar a possível tentativa de envenenamento de crianças indígenas da etnia Bororo que vivem na Terra Jarudore, no município de Poxoréo, em Mato Grosso.

Os primeiros relatos de possível tentativa de envenenamento chegaram ao Ministério Público Federal na manhã de sexta-feira (04/12) de forma fragmentada, e, em reunião com a Fundação Nacional do Índio (Funai) foi decidido que os agentes da fundação indígena deveriam ir até o local para uma diligência. (mais…)

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